Da redação – Michel Temer declarou após reunião do Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York, que tentará aprovar a reforma da Previdência ainda esse ano. Com essa manobra política, decidida pelo centro do golpe, o imperialismo norte-americano, deve ser acordada com o novo presidente do golpe a ser eleito em outubro, livrando o futuro mandato de aprovar essa pauta impopular. Os mais cotados para o cargo, Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro, serão beneficiados pela manobra, “guardando” seus governos para a aprovação de outras pautas impopulares.
“A reforma pode ter saído momentaneamente da pauta legislativa, mas não saiu da pauta política”, garantiu Temer.
Paulo Guedes, o superministro da Economia em um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), já se mostrou favorável à proposta de negociar com Temer a votação da PEC ainda este ano. “Se ele fizer isso, e é bom para ele fazer isso, o avião que vamos pegar não cairá na minha cabeça”, disse Guedes.
Essa manobra indica a tranquilidade dos golpistas com as eleições de 2018: qualquer candidato do pleito, principalmente Alckmin e Bolsonaro, servirá perfeitamente de capacho do imperialismo para a continuidade da pauta golpista no Brasil. Nessa situação, qualquer manobra para a aprovação das medidas de entrega nacional e retirada dos direitos do povo brasileiro serão legitimadas pelas eleições das quais se conseguiu tirar Luís Inácio Lula da Silva. Sem ele, a “escolha de candidatos” é mera demagogia da direita, mentira essa tão mais validada quanto a esquerda se deixa levar pelo engodo eleitoral. Mais uma vez, essa atitude de Temer prova que quem manda no governo brasileiro hoje são as empresas monopolistas dos EUA.
Dessa forma, é preciso denunciar as eleições como mais um golpe sobre o povo brasileiro. A única forma, pois, de lutar contra o golpe é organizar o povo nas ruas. Por isso, todos às ruas pela Liberdade de Lula e contra o Golpe de Estado no Brasil.