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Réveillon só se for Vermelho!

Noite de gala vai apresentar Cantata de Santa Maria de Iquique

A canção é uma homenagem aos 3600 operários que foram executados em 1907, durante manifestação, quando se concentravam na escola de Santa Maria, na cidade de Iquique, Chile

A canção é uma homenagem aos milhares de operários (entre 2 mil e 3,6 mil) que foram executados em 1907, durante manifestação pela redução da jornada de trabalho, quando se concentravam na escola de Santa Maria, na cidade de Iquique, Chile. A Cantata de Santa de Maria de Iquique será apresentada no Réveillon Vermelho do Partido da Causa Operária.

A música chegou a ser censurada durante o Golpe Militar chileno de 1973. Nesse momento, em que a América Latina está sendo novamente tomada por golpes imperialistas, refloresce o debate de união entre os povos sul americanos uma vez que são vítimas do mesmo inimigo: o imperialismo.

 

Saiba mais sobre a história da Cantata

 

A cantata popular é um dos principais gêneros de composição vocal-instrumental da Nova Música Chilena, com vários movimentos, abrange características da música erudita, a poesia moderna e o folclore chileno.

Iquique, Chile, 1907

O nome dessa cantata é baseado no massacre do dia 21 de dezembro de 1907, em que cerca de 8500 trabalhadores mineiros que estavam em greve durante o aumento da produção de salitre, se concentravam juntos com suas famílias na Escuela Domingo Santa María, localizada em Iquique, cidade do norte do Chile, quando o exército chileno, sob o comando do general Roberto Silva Renard, no governo do presidente Pedro Montt, abriu fogo contra os manifestantes. Tombaram entre 2200 e 3600 trabalhadores com mulheres e filhos.

Escuela Santa María de Iquique

Essa cantata foi composta por Luis Advis (1935-2004), nascido na própria cidade de Iquique, a composição data de 1969, período do auge da Nova Música Chilena (1964-1973).

A Nova Música Chilena foi um movimento musical e social que iniciou com Violeta Parra e seus filhos Isabel e Ángel Parra, em 1965, com a Peña de los Parra (com rock folk chileno), em Santiago, onde também atraiu e desenvolveu nomes como Rolando Alarcón, Patricio Manns e Víctor Jara.

álbum “X Vietnã”, do grupo Quilapayún

Com o movimento, se cria, em 1968, a Discoteca Popular do Canto (DICAP), da Juventude Comunista do Chile, para publicar temáticas anticapitalistas não aceitas pelas gravadoras dominadas pelo imperialismo, como o álbum “X Vietnã”, do grupo Quilapayún.

Em julho do ano seguinte, 1969, aconteceu o Primeiro Festival da Nova Música Chilena, na Universidade Católica do Chile, com importantes participações como de Víctor Jara e  Richard Rojas. O movimento apoiou a candidatura de Salvador Allende, eleito em 1970 e derrubado três anos depois, no dia 11 de setembro, tendo Augusto Pinochet, considerado no período como um general leal à Constituição e apolítico, como o principal articulador do golpe.

cantor e compositor Victor Jara

A Ditadura Militar Chilena promove um “apagão cultural”, por meio de exílios, prisões, torturas e mortes a Nova Música Chilena é censurada. O próprio cantor e compositor Victor Jara no dia 11 de setembro é preso, torturado e executado no dia 16 de setembro.

cantora Miriam Miráh

A Cantata de Santa Maria de Iquique, foi interpretada no réveillon passado e será novamente pela cantora Miriam Miráh, da banda Sendero. Miráh formou o grupo Tarancón, em 1972, no contexto da Unidade Latino-Americana, por conta das ditaduras que se espalhavam no continente criaram esse movimento de oposição aos regimes militares e a luta pelo socialismo. Miriam Miráh outrossim fez sólidas parcerias com Isabel Parra, filha de Violeta Parra e com o grupo Raíces de América, com quem participou em várias edições de réveillons do PCO.

Nesse momento, em que a América Latina novamente é palco golpes imperialistas e revoltas populares contra os regimes golpistas, iniciar o ano de 2020 com a Cantata de Santa Maria de Iquique é de grande significado.

Entre contato com os militantes do PCO e adquira seu convite.

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