Da redação – Advogados do ex-presidente Lula, preso em Curitiba de forma ilegal há mais de 500 dias, pediram a suspensão da caso do tríplex (pelo qual Lula está preso) ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue dois Habeas Corpus que denunciam a atuação parcial do juiz Sérgio Moro, comprovada pelos vazamentos do The Intercept Brasil, que mostraram conversas conspiratórias entre os procuradores e o juiz para prender o ex-presidente.
“As questões a serem enfrentadas pela Suprema Corte nos julgamentos dos Habeas Corpus dizem respeito à própria validade jurídica do processo. Assim, até por razões de justiça no seu mais amplo sentido a incidir no vertente caso como fonte material do Direito, os julgamentos daqueles Habeas Corpus devem preceder a análise que será feita por esta Corte no julgamento dos embargos de declaração protocolados em 10/05/2019 — os quais, dependendo do resultado daqueles outros julgamentos, poderão até ficar definitivamente prejudicados”, afirmou petição assinada pelos advogados de Lula, Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins.
Entretanto o presidente do STJ, ministro João Otávio Noronha, golpista, deixou bem claro que não será por esta via que Lula será libertado. “É uma questão que já está aí pendente há muito tempo, não é uma prisão que aconteceu ontem, é uma prisão que ele está cumprindo. Não é nem prisão, o que nós estamos discutindo é a condenação, é o próprio juízo de mérito do processo penal, isso pode aguardar mais uma semana, dez dias sem nenhum problema”, afirmou.
Portanto, fica claro que a via institucional não irá resolver o problema. Por mais que se deva utilizar todos os meios possíveis, apenas a mobilização popular poderá libertar Lula. Por isso, todos às ruas neste dia 14 de setembro, em Curitiba, na superintendência da Polícia Federal, onde Lula está preso, para realizar uma grande ato nacional pela libertação do ex-presidente, o principal preso político do golpe de Estado.