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Colapso da saúde no Rio

No RJ, mais de mil pessoas na fila por leitos de UTI

Mais de mil pacientes se encontram a espera de leitos nas UTI's e nas enfermarias da capital fluminense, a maioria por Covid-19

O colapso do sistema público de saúde brasileiro, que se iniciou em estados mais pobres da região Norte e Nordeste, já começa a se alastrar pelo país. Agora chegou a vez do Rio de Janeiro. Segunda principal capital do Brasil, seus hospitais públicos já não têm leitos suficientes para atender à crescente demanda provocada pela pandemia do Coronavírus.

Na quinta-feira (7), contabilizavam-se 1.176 pacientes em espera por leitos de UTI e até mesmo leitos de enfermaria, 800 deles com sintomas da covid-19. Destes, cerca de 700 aguardavam vagas na UTI das redes municipais e estaduais. Na quarta-feira (6), uma idosa de 103 anos morreu aguardando o leito de UTI. Ela estava internada, com sintomas da doença na UPA de Padre Miguel, Zona Oeste da capital fluminense.

A construção de hospitais de campanha no Rio de Janeiro não está sendo minimamente suficiente para impedir o caos ao qual a saúde pública do município está submetida. Nesta quinta o estado do Rio de Janeiro ultrapassou o estado de São Paulo, o epicentro nacional da epidemia, em número mortes por Covid-19. Foram 189 mortes registradas em 24 horas no Rio de Janeiro e 161 em São Paulo.

Em desespero, o governador do estado, o fascista Wilson Witzel e o prefeito da capital, o golpista Marcelo Crivella, pretendem usar da força policial para tentar conter a crise. Medidas ditatoriais estão sendo implementadas para manter a população fora das ruas, principalmente em áreas periféricas. Por outro lado, nada que possa tornar viável o isolamento social da classe trabalhadora pobre é feito.

Já era sabido, desde as primeiras notícias vindas da China, que para se minimizar o número de óbitos por Covid-19 seria necessário investir massivamente em testes, em hospitais, em leitos de UTI e em respiradores, assim como em pessoal preparado para esse tipo de atendimento (médicos, enfermeiros, técnicos). Além de, também, promover medidas de distanciamento social efetivas. Ou seja, seria necessário que os governantes criassem as condições econômicas e sociais para que a população pudesse se manter em quarentena pelo tempo adequado em casa. E que apenas trabalhadores de serviços realmente essenciais continuassem trabalhando, com todas as medidas protetivas para a prevenção do contágio lhes sendo oferecidas de forma gratuita.

No entanto, o quadro que se apresenta no país se encaminha para uma verdadeira catástrofe humanitária. Não existem testes, nem leitos de UTI, nem respiradores e nem profissionais da saúde em quantidade suficiente para atender a demanda que já se acumula descontroladamente. As medidas de isolamento social só conseguiram ser efetivas para a burguesia endinheirada e para apenas uma parte da classe média. Sem políticas públicas que amparem os cidadãos mais necessitados, as tão propaladas medidas de isolamento social revelaram-se uma verdadeira balela. Para os mais pobres, os moradores das periferias e favelas, ficar em casa – sem os parcos rendimentos de seu trabalho e sem o auxílio suficiente para pagar o aluguel, a luz, o gás e, até mesmo para alimentar a família – significa perder as condições mínimas de uma sobrevivência digna.

O auxílio emergencial do governo federal tem se tornado um pesadelo para a maioria da população pobre, que é a que realmente dele necessita. Muitos não conseguem o acesso pela internet por falta das condições materiais para isso, ou, simplesmente, quando conseguem acessar o sistema, descobrem que não têm direito a recebê-lo. Aqueles que conseguem o direito de receber tem que enfrentar filas quilométricas nas portas das agências da Caixas Econômica por todo o país. Sem contar que o valor de R$600,00 reais do auxílio é totalmente insuficiente diante das verdadeiras necessidades de uma família para se manter.

As pouquíssimas ações governamentais para o enfrentamento da crise causada pela pandemia de coronavírus vão se revelando completamente impotentes para controlar a situação de colapso da saúde pública nacional. A saúde privada só ainda não entrou em colapso porque as medidas de quarentena conseguiram ter algum efeito entre seus usuários, setores da classe média e os mais ricos.

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