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Mais mortes que leitos de UTI

RJ: caos na saúde, e secretário diz que só há 30 leitos de UTI vagos

Já em 2018 no estado do RJ haviam apenas 6.341 leitos de UTI para uma população de 16.718.956

Na manhã de ontem, o secretário estadual de saúde do governo Witzel, Edmar Santos, afirmou que na capital do estado do Rio de Janeiro haveriam no momento apenas 30 leitos de UTI disponíveis, e mais 40 leitos de UTI em Volta Redonda, expondo a gravidade da situação do sistema de saúde no estado em meio ao coronavírus. Isto porque o número de casos de coronavírus tem aumentado significativamente, e nos últimos 7 dias o número de mortes confirmadas por coronavírus mais que dobrou no estado, indo de 224 mortes em 14 de abril para 461 mortes em 21 de abril. Sendo assim, em uma semana morreram 147 pessoas a mais que o número de leitos de UTI disponíveis no momento.
Embora os números sejam alarmantes, diante das medidas tomadas pelo governo Witzel na esfera estadual e pelo governo Bolsonaro nacionalmente, já era esperado que a crise do coronavírus se agravasse e que se agrave mais. Ainda que a secretaria de saúde do Rio de Janeiro tente passar a impressão de que possui controle sobre a crise, com por exemplo, a abertura de hospitais de campanha com 600 novos leitos, isto sequer seria suficiente tendo em vista que o estado do RJ já conta com mais de 5.300 casos de coronavírus, número que tende a dobrar nas próximas semanas, sem contar com os casos subnotificados.
No início da crise do coronavírus, assim como agora não foram tomadas medidas efetivas para a prevenção, proteção e tratamento da classe trabalhadora; não houve distribuição de equipamentos de proteção como luvas e mascaras, higienização das ruas, teste em massa, etc. A única medida adotada pela burguesia foram o isolamento social desacompanhado de qualquer medida efetiva de combate ao vírus, medida esta da qual a classe trabalhadora sempre esteve excluída e que será flexibilizada por Witzel; e a distribuição do auxilio emergencial de 600 reais, que além de não suprir devidamente as necessidades mínimas da população, também não está chegando para os mais necessitados. Tendo claro no entanto, que proteger os trabalhadores do vírus e auxiliá-los a enfrentar a crise do corona nunca foi a intenção dos capitalistas.
Para ilustrar, temos que já em 2018, segundo a CFM (Conselho Federal de Medicina), no estado do RJ haviam apenas 6.341 leitos de UTI para uma população de 16.718.956, dos quais apenas 1.626 desses leitos de UTI pertenciam ao SUS. Mesmo sem coronavírus havia bem menos de um leito de UTI por habitante no estado. Ainda assim, as primeiras iniciativas tomadas pela burguesia na crise do corona vírus, visto o caos na saúde já testemunhados por países como Itália, não foi fortalecer o sistema público de saúde, abrir novos hospitais e leitos de UTI, comprar testes, etc., mas sim injetar bilhões de reais para os planos de saúde privados e um trilhão para os bancos.
Nesta mesma entrevista de ontem, o secretário chegou a dizer que não pretende ampliar a testagem da população porque para ele os preços são exorbitantes e há dificuldade muito grande de logística. Declaração que na verdade só demonstra como é nítida a falta de vontade política dos governos burgueses em desprender recursos e esforços para preservar a vida da população. Os próprios trabalhadores sabem que nenhuma solução virá dos capitalistas, como nunca veio, e se unem para tomar medidas que os ajudem a sobreviver. No próprio Rio de Janeiro diversas iniciativas tem sido tomadas pela população como por exemplo a higienização de áreas de comunidades por conta dos próprios moradores.
É somente através da mobilização popular que a classe trabalhadora conseguirá impor suas reivindicações aos capitalistas. Isto porque a depender da burguesia, que usa como desculpa para assassinar os trabalhadores “problemas de logística”, a população continuará morrendo. Vale destacar que o Secretário de Saúde do estado do Rio de Janeiro está em tratamento por ter sido diagnosticado com o Covid -19, e pelo visto não houveram “problemas de logística” que impedissem que seus testes fossem comprados.

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