No mês de janeiro de 2019, o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento) divulgado pelo Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), detectou um aumento de 54% no desmatamento no primeiro mês deste ano em relação ao mesmo mês de 2018.
O SAD detectou que em janeiro de 2019 houve um desmatamento de 108 quilômetros quadrados da região denominada como floresta amazônica. Os dados relatam que a maioria (67%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas e o restante foi registrado em assentamentos (21%), Terras Indígenas (7%) e Unidades de Conservação (5%).
Esse resultado é fruto da política do governo Bolsonaro de acabar com a proteção dos recursos naturais e em defesa das comunidades tradicionais que vivem da exploração da floresta amazônica.
A vontade do governo Bolsonaro de extinguir o Ministério do Meio Ambiente (MMA), mas como houve uma repercussão contrária mesmo entre o agronegócio em vista do perigo no bloqueio das exportações de commodities agrícolas e minerais, teve que recuar e não extinguir o ministério na prática.
Mas mesmo assim, colocou uma pessoa para acabar com o ministério na prática e toda a política proteção dos recursos naturais e as comunidades envolvidas, o fascista Ricardo Salles. Todos sabem que Ricardo Salles foi colocado a frente do MMA para implantar uma política de terra arrasada.
O resultado dessa política está sendo colocada no primeiro mês do governo fascista de Bolsonaro: aumento de 54% do desmatamento somente na Amazônia. O nomeado para a pasta do MMA, deu o aval para que os latifundiários e mineradoras desmatem a floresta com a promessa de acabar com as multas ambientais e de revisão de terras indígenas e unidades de conservação dos bolsonaristas.
Esse aumento de mais de 50% no primeiro mês do governo Bolsonaro não é por acaso. O desmatamento é fruto da política de defesa dos latifundiários, madeireiras e mineradoras realizada pelo governo fascista de Jair Bolsonaro.
Não há conversa ou negociação com os representantes bolsonaristas no MMA e outros ministérios que foram colocados nessa posição para implantarem a política de destruição dos recursos naturais e massacre dos povos do campo e comunidades tradicionais da maneira mais truculenta possível.
Os bolsonaristas já declararam que irão revisar terras indígenas já demarcadas e unidades de conservação, vai abrir as terras indígenas para o agronegócio sem a permissão dos povos indígenas e está colocando em prática um plano de privatização das unidades de conservação, além dos cortes profundos no orçamento dos órgãos ambientais.
É preciso lutar contra essa política de terra arrasada do Ministério do Meio Ambiente e derrotar o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro através da mobilização dos trabalhadores da cidade e do campo contra a retirada de direitos, das invasões realizadas pelos latifundiários e pela formação de comitês de autodefesa dessas organizações para se proteger de pistoleiros contratados pelos latifundiários.