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Manobra genocida

No Paraná, educação é “essencial” apenas para retomar a economia

Com atividades presenciais marcadas para o dia 18 de fevereiro, governador Ratinho Júnior ataca comunidade escolar mais uma vez

Mais um crime dos governos genocidas: as escolas da rede estadual do Paraná tem como data marcada para retomda das atividades presenciais o dia 18 de fevereiro. Arriscando milhares de vidas no pico da pandemia do coronavírus, que já matou 210 mil pessoas no País, sem contar as subnotificações. Além da medida assassina, o secretário geral de educação do estado, Gláucio Dias, aproveitou para anunciar, ou melhor dizendo ameaçar de que o governo já está em tratativas para transformar em projeto de lei uma definição que coloca a Educação como atividade essencial no estado.

Transformar educação em ”atividade essencial” é uma manobra genocida

“O Paraná caminha para reconhecer a educação como atividade essencial. Assim com a saúde, o abastecimento, o transporte coletivo. Já está na Casa Civil, e deve ser apresentado à Assembleia Legislativa assim que os deputados retomem os trabalhos (em 1º de fevereiro), projeto de lei neste sentido, que coloca a educação no seu devido patamar pela sua importância dentro do contexto social”, disse o cínico diretor-geral capacho do governador Ratinho Júnior (PSD).

Através de decretos antidemocráticos, o governador direitista expôs os trabalhadores ao contágio da epidemia que já infectou milhões no mundo inteiro. Aproveitando-se da paralisia da esquerda de conjunto, que neste momento não tem nenhuma iniciativa política, inclusive um setor faz propaganda para genocidas como João Dória, o governo do Paraná se prepara para colocar como ”atividade essencial”, visando apenas garantir a volta às aulas para dar novo fôlego a economia capitalista, sem nenhuma boa intenção ou preocupação com as vidas dos estudantes, professores e trabalhadores das escolas.

Cinismo dos que mais atacam a comunidade escolar

“Acompanhamos, durante este período de pandemia, várias questões sendo judicializadas. Então, estamos buscando colocar isso na lei, pois, se houver algum questionamento judicial, haverá uma lei para embasar a decisão do juiz”, argumentou o secretario. “Estamos buscando apenas dar mais estabilidade, mais solidez ao ordenamento jurídico, mesmo com a legislação já versando que isso é uma prerrogativa do governador”, acrescentou, colocando em perspectiva que no fundo a questão é meramente um escudo para a burguesia poder atacar os trabalhadores e ter uma cobertura jurídica apoiando isso.

O governo do Paraná é inclusive conhecido pelos inúmeros ataques à educação e pela repressão aos professores, como já denunciamos neste Diário inúmeros casos, entre eles: a tentativa de implementar em 232 escolas o regime da militarização, o que conhecemos como Escola com Fascismo; o edital 47/2020, que obrigava os professores a realizar provas referentes ao Processo de Seleção simplificada (PSS), o qual iria excluir um grande contingente de nove mil professores e funcionários nas escolas, então os professores fizeram até greve de fome contra esses ataques.

Civilizados x Negacionistas

A política do governador do PSD é de total ataque a comunidade escolar, mostrando que a politica genocida não é só de Bolsonaro (ex-PSL, hoje sem partido), como a imprensa capitalista insiste em tentar encobrir o papel dos outros partidos direitistas, transformando o presidente em uma espécie de ”espantalho” para que outros políticos como João Dória (PSDB) apareçam como ”civilizados”.

Finalmente, somente uma ampla mobilização de estudantes, professores, técnicos e funcionários de conjunto pode fazer frente aos ataques que virão com maior intensidade no ano de 2021. Tomar as ruas contra o genocídio, seja da ”direita negacionista” ou da ”civilizada”, são todos inimigos do povo e devem ser encarados como tal, sem ilusões em relação ao caráter de serviçais da burguesia, mantedores do regime de exploração e miséria capitalista em que a maioria vive.

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