Na última terça-feira (23), na 34ª edição do Caderno de Conflitos Brasil, fora constatado um número significativo no aumento da violência contra família assentadas em acampamentos sem-terra no Mato Grosso. Os dados são referentes ao ano de 2018, que demonstrou grande salto em ralação ao ano anterior, tendo um aumento de 103,11%.
O estado é um dos que mais possuem pessoas morando no campo, cerca de mais de meio milhão de pessoas residem no campo, e desse contingente pelo menos 28 mil pessoas foram vítimas de violência , estiveram em confrontos com latifundiários, etc. A Comissão Pastoral da Terra (CPT), apresentou os dados e afirmou que os mesmos mostram os ataques que os trabalhadores rurais sofreram, assim também contabilizando o povo indígena e quilombola.
Para demonstrar de maneira mais concreta, foram 633 famílias despejadas, 550 famílias expulsas, 1.164 famílias vítimas de pistolagem, 1.904 conflitos por terra indígena, 1.674 trabalhadores sem-terra envolvidos em conflitos, 949 assentados e 627 posseiros. O estado também conhecido pelo agronegócio moderno, deixa claro que de moderno não há nada, uma vez que o ataque ao trabalhador é desenfreado e assim utilizam recursos do latifúndio escravagista , isso se demonstra nos casos de trabalhadores encontrados em situações análoga a de escravidão.
No ano anterior, cujo qual os dados se embasam, também trás a morte de lideranças de assentamentos, como o caso de Carlos Antônio dos Santos, de 51 anos, da cidade de Paranatinga, a 411 km de Cuiabá, que fora morto a tiros quando deixava a prefeitura da cidade, além da liderança indígena que morreu em conflito com servidores da Funai.
Essa é o artifício que o latifúndio utiliza, para manter seu poderio sobre os trabalhadores e por fim legitimar sua exploração. É preciso defender incondicionalmente que os trabalhadores tenham direito a autodefesa, sendo assim possível impedir o massacre da população rural.