No último domingo, dia 28 de abril, foi realizado um ato em Santa Bárbara d’Oeste para protestar contra ouso da bandeira confederada norte-americana durante uma festa realizada na cidade. A chamada “Festa Confederada” é feita em homenagem à memória dos descendentes norte-americanos que para lá migraram e hasteia a bandeira dos escravagistas norte-americanos durante sua celebração.
No protesto ocorrido em frente ao Cemitério dos Americanos, estiveram presentes mais de 100 entidades, entre elas partidos e políticos de esquerda organizados na região, coletivos de negros, coletivos de cultura negra, associações ligadas a religiões africanas e outras representações populares, além de pessoas independentes, não vinculadas com nenhuma entidade. Sua exigência era de que deixassem de ostentar o símbolo racista durante a festa.
A associação da bandeira confederada com o racismo e com a extrema-direita vem da época da Guerra da Secessão dos EUA, em que os estados do sul tentaram, através de conflito armado, uma separação da união. Apesar de alegarem banalidades, como a força e a independência de suas federações, o motivo real era que desejavam manter uma economia baseada na escravidão dos africanos, cuja erradicação era defendida no norte, mais industrializado e com uma economia dependente da mão-de-obra assalariada. A bandeira confederada era o símbolo desses estados do sul e até hoje é usada por entidades de extrema-direita norte-americanas para celebrar seu passado escravista. Aqui no Brasil, a Festa Confederada de Santa Bárbara d’Oeste é a única celebração que a ostenta oficialmente.