Em Tangará da Serra (a 242 km de Cuiabá), estudantes do Centro Municipal de Ensino Marechal Cândido Rondon, no Assentamento Antônio Conselheiro Agrovila, precisam percorrer 4 km a pé para pegar o ônibus e ir à escola. Isto porque a ponte que liga a Agrovila 17 a MT-339, onde fica a escola, corre o risco de cair.
Segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra), a manutenção do trecho entre o entroncamento do município até o Assentamento Antônio Conselheiro é de responsabilidade da prefeitura, que deve utilizar os recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), destinado aos municípios pelo governo.
Conforme matéria do G1, o estudante Paulo Zocal de Matos Júnior, contou que a distância que percorre está atrapalhando seu rendimento na escola:
“Não aguento mais ficar andando a pé. Às vezes chego em casa e já está à noite. Fico muito cansado e assim fica difícil focar nos estudos”, disse o garoto.
Paulo percorre quilômetros e espera o ônibus escolar por mais de uma hora, muitas vezes. Depois precisa voltar para casa, pois o ônibus não passa. “Quando isso acontece, tenho que andar tudo isso de novo para voltar para casa”.
Segundo a reportagem, o secretário municipal de Educação informou que vai apurar o motivo pelo qual o ônibus não está passando.
Os moradores do assentamento dizem que a última reforma da ponte foi realizada em 2012, com recursos da própria população da região.
Um dos pilares da ponte já caiu e outros estão comprometidos. Um buraco também se abriu na cabeceira da ponte e está desmoronando.
“Esse é o trajeto que eles precisam percorrer para ir e voltar da escola. Não temos infraestrutura no assentamento. O poder público precisa fazer a parte dele, não é só jogar a gente no meio do mato e esquecer”, pontuou o pai do estudante Paulo Zocal de Matos.
Renata Rodrigues Basta, de 12 anos, também faz o mesmo trajeto para ir à escola e lamenta a precariedade. “É cansativo, porque a ponte está quebrada e a gente precisa andar muito para estudar. Se resolvessem, ficaria melhor”.
Esta situação de desprezo total à população é a regra da situação nacional. É a “Ponte para o Futuro” que os golpistas querem para a população, que os estudantes sequer possam ir à escola. Isto se insere no contexto dos cortes brutais na Educação, sobretudo este último de 30% nas universidades e institutos federais.
O projeto da direita para os estudantes é a destruição da Educação Pública, portanto, no próximo dia 30/05 é preciso ir às ruas novamente e exigir a derrubada do gov. Bolsonaro, que representa para a Educação uma versão piorada do projeto do governo Temer.