Com o aumento do número de casos e mortes todos os dias pela pandemia e pelos governos genocidas que não tomam providências reais para conter a disseminação do Coronavírus, o dia 8 de Março deve ser mais um dia de luta pela vida das mulheres, pela vacinação para toda a população e pelo Fora Bolsonaro.
Vários grupos de esquerda estão propondo ações virtuais, como debates através de lives no Youtube e aplicativos de web conferência (como o Zoom), além de manifestações nas redes sociais. Contudo, é preciso ir às ruas para lutar, não basta usar o slogan da burguesia “Fique em casa” e se manifestar apenas nas redes sociais, pois a classe trabalhadora não está em casa, mas na rua trabalhando, pois sem auxílio emergencial e com a abertura do comércio para a “economia não parar” é obrigada a sair de casa enfrentando metrôs e ônibus lotados para chegar ao trabalho, além de muitas vezes não ter equipamentos de segurança, como máscara e álcool gel, em seus empregos.
O slogan “Fique em casa” é direcionado à burguesia e pequena-burguesia que podem ficar em casa, pois os trabalhadores têm que sair às ruas para trabalhar nas grandes empresas, transporte público, serviços, construção civil, entre outras. Entretanto, o “Fique em casa” também serve para dizer à classe trabalhadora, “saia às ruas apenas se for preciso”, ou seja, para trabalhar e não para manifestar.
O que as mulheres trabalhadoras devem fazer neste 8 de Março, como fazem todos os anos, é sair às ruas para protestar em favor da vida, de suas pautas históricas, como por exemplo, a redução da jornada de trabalho sem a redução salarial, pelo auxílio emergencial de no mínimo um salário, pela vacinação para todas e todos e pelo Fora Bolsonaro. Não negamos a pandemia, muito menos sua gravidade, nem defendemos aglomeração, mas se a classe trabalhadora tem que ir para a rua trabalhar, deve também ir para a rua manifestar, tomando os cuidados necessários, como o distanciamento para evitar mais contágios pela Covid-19. Devemos tomar como exemplo outros países da América Latina, como o Paraguai que saiu às ruas para protestos contra a forma como os governos estão encarando a pandemia.
A catástrofe da pandemia é decorrente das políticas genocidas não só de Bolsonaro, mas de governadores e prefeitos que, muitas vezes, se dizem “científicos”, mas nada fazem de concreto para conter o avanço da pandemia, indo a imprensa divulgar medidas de contenção, que na verdade, servem apenas para parecem contrários ao Bolsonaro, com uma política eleitoreira visando as eleições de 2022.
Por isso, o Coletivo de mulheres do PCO Rosa Luxemburgo, convoca a todas as mulheres para os atos em São Paulo às 10h no MASP e em Brasília, às 9h na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic, pela vacinação para todos, Fora Bolsonaro, Doria, Ibaneis e todos os prefeitos e governadores genocidas!