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Sair às ruas contra a direita

No dia 31, às ruas contra as ditaduras do passado e do presente!

É preciso realizar contra-atos de oposição as manifestações pró-ditadura dos fascistas

Bolsonaro e os militares receberam permissão institucional para a realização de atos em homenagem ao golpe militar de 1964, no dia 31 de março próximo. Quer dizer, o governo deve realizar atos oficiais de apoio à ditadura militar, em uma situação da pandemia em que o lockdown e a instituição dos toques de recolher já são uma situação de semi-ditadura. 

Contra isso, diferente do chamado do Partido da Causa Operária de realizar contra-atos nas ruas, a esquerda pequeno-burguesa mantém a sua posição do “fique em casa”. Na situação em que a extrema-direita toma as ruas e se torna, cada vez mais, o elemento dinâmico da situação política, a esquerda se recusa a fazer frente à ofensiva direitista por uma questão de simples abandono da luta política por conta das normas sanitárias da burguesia. 

Clareando essa posição, também, é necessário relembrar que a oposição à realização dos contra-atos em de repúdio à direita também ocorreu em 2019, no momento em que os mesmos fascistas se propuseram a realização das manifestações em favor da ditadura militar.

Na época, a esquerda pequeno burguesa dizia que esses bolsonaristas eram meia dúzia de gatos pingados. Quer dizer, a suposta quantidade reduzida de pessoas seria justificativa para abandonar qualquer luta. É preciso perguntar, contudo, se a quantidade fosse grande, não seria essa a justificativa para a esquerda pequeno-burguesa também fugir da batalha? 

Em oposição a esse argumento, contudo, o PCO disse que não havia importância se havia poucos direitistas, até porque a capacidade de agrupamento de setores reacionários e oportunistas por parte do capital é altíssima. Apenas decidida pela alternativa do fascismo, portanto, a burguesia tem condições de levar muitas pessoas às ruas em pouco tempo.

De fato, os atos daquele ano não foram minúsculos. Os bolsonaristas levaram cerca de duas mil pessoas nas capitais. Felizmente, o PCO junto a setores de movimentos anarquistas também levaram dois milhares de manifestantes nas principais capitais em que foram realizadas as manifestações.

Hoje, a situação é ainda mais grave que a de 2019. As medidas repressivas da pandemia somadas ao clima de virtual ditadura instituído pelo uso sistemático da Lei de Segurança Nacional para censurar manifestações políticas, se associam à presença constante da extrema-direita nas ruas, a qual já volta a ameaçar fisicamente a esquerda. Quer dizer, a lei da ditadura que, inclusive, recebeu apoio da esquerda no caso da prisão do Daniel Silveira, associada aos erros políticos da mesma esquerda, que se coloca a favor da repressão policial dos lockdowns como suposta forma de conter a pandemia, entregam para a direita a maior parcela da iniciativa política no sentido dos interesses do povo. 

Bolsonaro tem mobilizado setores que extrapolam a sua própria base nos atos de oposição aos fechamentos do comércio. Na situação social calamitosa da pandemia, em que o lockdown sem qualquer tipo de contrapartida financeira para o povo pobre significa a condenação a fome; a posição de Bolsonaro, mesmo que demagógica, em “defesa do emprego” e contrária ao fechamento radical da economia acaba tendo um apelo popular. Isso é perigoso. Significa que a primazia da situação política se desloca para as mãos da extrema-direita devido aos erros políticos da esquerda. 

É preciso combater esse deslocamento da ação política da população da extrema-direita. É preciso tomar a dianteira da iniciativa política e movimentar a situação através de grandes atos que reivindicam os direitos da população, condições para o trato da crise social, econômica e sanitária no Brasil. É preciso a contraposição frontal às manifestações em favor da ditadura que ameaçam a existência da luta da esquerda brasileira.

Nesse sentido, é preciso sair às ruas no dia 31 de março em contra-atos de combate aos fascistas, em combate à ditadura do passado e do presente. No mesmo sentido, a esquerda precisa realizar a mobilização social contínua nas ruas com o objetivo de se tornar a alternativa de lutas para uma população cada vez mais massacrada. Todos às ruas pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Ditadura nunca mais!

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