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No Congresso, só derrotas: às ruas para derrubar a reforma e Bolsonaro

Ainda que em meio a uma grande crise, o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro e seus parceiros golpistas, aprovaram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o famigerado Proposta de Emenda à Constituição (PEC 006/2019) que destrói o atual sistema previdenciário e quer realizar o maior roubo dos trabalhadores da história do País, atingindo ao conjunto da classe trabalhadora, bem como aos milhões de jovens que precisam entrar no mercado de trabalho e terão ainda maiores dificuldades, se a proposta por tornada Lei.

A proposta segue para votação no Plenário da Câmara e, depois, para o Senado. Sua votação até agora, teve a liderança decisiva do deputado golpista do DEM, Rodrigo Maia (na foto à direita), presidente da Câmara, cuja eleição foi apoiada por setores da esquerda Resultado de imagem para rodrigo maia e PCdoBburguesa e pequeno burguesa, como o PCdoB e alas do PT, defensores da política de “frente ampla”, ou seja, de uma aliança com setores da burguesia que organizaram ou apoiaram o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff e que defendem a prisão do ex-presidente Lula. Ele já havia sido um dos principais articuladores da aprovação da famigerada reforma trabalhista, que destruiu a CLT. Uma situação que mostra o resultado concreto, dessa política de acordos e entendimentos com os inimigos dos trabalhadores: atendem apenas aos interesses dos seus próprios defensores e serve para desarmar a necessária reação dos trabalhadores.

Outro dado importante da votação é que a proposta também foi apoiada pelo partido presidido pelo deputado “Paulinho da Resultado de imagem para paulinho da força 1 de maioForça” (foto), o Solidariedade (SDS), ou ainda pelo PSC, do deputado pelo Sergipe e presidente do Sindicato dos Motoristas de São Paulo, Valdevan Noventa (PSC-SE), da UGT – que furou 100% a greve geral -, comprovando o enorme valor da “unidade” com setores que além de sabotarem a greve geral, no último dia 14, dão seu voto para destruir a vida de milhões de trabalhadores, como defendem de setores da esquerda (PSTU, PCdoB, PSOL, direita do PT etc.) e até de sindicalistas da CUT.

Diante dessa derrota previsível, fica ainda mais clara a inutilidade da ação parlamentar da esquerda, bem como de todas as ações limitadas às instituições do regime golpista (Congresso, Judiciário etc.), no sentido de barrar a ofensiva que vem dos golpistas. Infelizmente, não é a primeira derrota. Além do próprio golpe de Estado (via impeachment), perdemos no congelamento dos gastos públicos por 20 anos (ex-PEC 95), na “reforma” trabalhista, na “reforma” do ensino médio, nas ações no judiciário para libertar Lula etc. etc. etc.

Não faz sentido “dar murro em ponta de faca”, insistir na política que provocando derrotas atrás de derrotas, como propõe setores da esquerda e da burocracia sindical que insistem na “pressão” individual sobre os deputados. Mandar mensagens, vaiar, escrachar nas redes sociais etc. de forma alguma será capaz de alterar a posição de deputados que estão PRESSIONADOS, de fato, pelos milhões em emendas que estão sendo liberadas pelo governo, pela campanha a favor da imprensa golpista e, incentivados, pela trairagem dos que fingem estar do lado dos trabalhadores mas que estão vendidos “até a alma”, desde a sua origem, para os patrões como é o caso de dirigentes da Força Sindical, da UGT e de outros pelegos.

Fica evidente que a única arma real, capaz de deter não só a reforma da Previdência, mas a ofensiva de conjunto contra o povo brasileiro por parte do regime golpista é a mobilização dos explorados e de suas organizações de luta, nas ruas.

Essa mobilização tem que superar as ilusões na ação nas saídas parlamentares e institucionais, ainda mais sem sentido em um regime em que essas instituições estão sob o controle total da direita (ainda que haja divisões entre eles). Os trabalhadores precisam intervir não para “pressionar” ou apoiar uma politica de entendimento, de conciliação com os golpistas, porque são eles que vão pagar a conta e não os chefes políticos que apontam esse caminho sem saída.

É preciso ter uma política própria, independente da burguesia. Tirar proveito da divisão entre os golpistas, da crise do governo Bolsonaro e apontar claramente que a única saída está na ampliação da mobilização que vem crescendo desde os grandes atos de maio (15 e 30) e da greve geral de 14 de junho (mesmo com a sabotagem dos pelegos). Convocar claramente a mobilização em sintonia com o sentimento cada vez maior da população de rejeição ao governo, apontando uma alternativa real: derrubar Bolsonaro para derrotar a reforma da Previdência e todos os ataques dos golpistas contra o povo brasileiro; cancelas todas as “reformas” dos golpistas; libertar Lula e todos os presos políticos, anular os processos criminosos da lava jato; convocar novas eleições gerais, com Lula candidato.

Nesse sentido, é preciso concentrar forças na realização grandes atos nos dias 10 e 12 de julho, próximos, como estão sendo Sindicatos e movimentos permanecem em alerta com ameaça de votação da reformaconvocados pela CUT e demais entidades de luta dos explorados e já anunciar a realização de uma nova jornada nacional de lutas, com luta de verdade, com paralisação de dois dias, “greve geral de 48 horas”, rumo a uma greve geral por tempo indeterminado.

Os trabalhadores da Educação (CNTE e sindicatos) que tomaram a dianteira em maio, convocando o dia 15, mas uma vez saíram na frente e convocaram um dia de paralisação em agosto, dia 13. Não é hora de deixá-los isolados. Todos os trabalhadores e as organização que – de fato – querem derrotar o governo, devem se unificar nessa data.

Não é hora de vacilações. Nada de confiar no Congresso.

Que as mobilizações dos dias 10 e 12, aprovem já a convocação da “greve geral”, de 48 horas, rumo a uma greve geral por tempo indeterminado por fora Bolsonaro e todos os golpistas, abaixo a reforma da Previdência e todos os ataques; liberdade para lula e todos os presos políticos, novas eleições, com Lula candidato.

 

 

 

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