A situação da mulher no sistema capitalista é sempre baseado em extrema insegurança, exploração e opressão, isso em todos os âmbitos, desde a vida em casa até a vida fora, como no mercado de trabalho. Uma das maiores dificuldades, inclusive, está na desigualdade no trabalho, onde mulheres acabam sendo direcionadas aos cargos mais baixos e receber os piores salários em relação aos homens. Um exemplo disso está no relatório do Fórum Econômico Mundial (FEM), divulgado nesta última terça-feira (17), onde os números apontam que as mulheres terão de esperar mais de dois séculos para alcançar a igualdade no trabalho. Isso, claro, no sistema capitalista.
Apesar do aumento da presença das mulheres tanto nas universidades, quanto no mercado de trabalho, o relatório não deixa de chamar atenção para o fato de que há um aumento crescente na desigualdade nos locais de trabalho. Ainda, segundo o relatório, essa disparidade não deve ser eliminada até o ano de 2276. Essa desigualdade cresceu, principalmente, desde o ano passado para cá, em que fica claro que um dos principais motivos para mais esse ataque às mulheres se deve aos retrocessos causados pela extrema-direita, que vem avançando cada vez mais, principalmente na América Latina. A onda fascista que vem atingindo dezenas de países faz com que a situação da mulher tenda a piorar.
Com sede em Genebra, o Fórum Econômico Mundial avalia anualmente as desigualdades em 153 países e em quatro áreas: educação, saúde, economia e capacitação política. Nessas quatro áreas, a disparidade diminuiu um pouco, mas não o suficiente para fazer com que a situação das mulheres melhore exponencialmente. Nem mesmo com a demagogia da direita sobre “empoderamento” e direito das mulheres, foi possível fazer com que essas disparidades alarmantes fossem resolvidas. Muito pelo contrário, todo esse discurso ser, apenas, para mantê-las nas rédeas da exploração capitalista, como se fosse culpa das mulheres esse problema, entrando até o quesito da meritocracia. Levando em conta oportunidades de emprego e pagamento de salários, o relatório final da FEM indica que serão necessários 257 anos para que se atinja a igualdade entre homens e mulheres.
Esses dados mostram que não é possível, nem em dezenas de anos, as mulheres alcançarem a igualdade no trabalho, muito menos serem totalmente emancipadas. Isso porque, enquanto o modo de produção capitalista estiver em vigor, se sustentando da opressão e exploração, nenhum humano estará livre. Somente um revolução onde a classe trabalhadora passe a gerir um governo operário e socialista é que as mulheres poderão se emancipar e alcançar a paridade em todos os âmbitos da vida, pois não mais haverá opressão e exploração. colocar que só a revolução pode mudar essa situação e de maneira bem rápida.