Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Política criminosa

Ninguém foi morto “pela chuva” em SP, mas pela política do PSDB

Sete pessoas morreram em Embu das Artes, na grande SP, fruto não das chuvas, mas da política genocida do PSDB contra a população

Nesta última semana, Embu das Artes, na grande São Paulo, foi castigada com fortes chuvas. Sete pessoas morreram, sendo seis delas, todas da mesma família, soterradas e uma levada pela enxurrada.

A prefeitura de Embu das Artes já havia sido notificada que a área onde houve foram soterradas as seis pessoas e simplesmente esperou a desgraça acontecer. Como justificativa, a prefeitura alega que não houve tempo hábil para retirar as famílias da área. A mesma desculpa de sempre.

Grandes chuvas em São Paulo significam, há muito tempo, tragédia. Os noticiários da imprensa burguesa noticiam, todo ano, um ou dois desastres. São famílias que perdem o pouco que tem, casas desabando, pessoas soterradas ou levadas pela enxurrada, entre outros.

O que tem em comum entre todas estas vítimas é que todas são pobres. E isso não é mera coincidência. É uma política pública.

O PSDB governa o estado de São Paulo há quase 30 anos. Chegou ao governo do estado segundo a política do “mal menor”, pois Paulo Maluf seria o “mal maior”, e de lá não saiu mais. Desde então, o estado mais rico do país amarga uma série de desgraças, como corriqueiras enchentes, altíssimo nível de poluição do ar, do solo e dos rios, crise hídrica, risco de apagões, entre outros.

Pois, se São Paulo é o estado mais desenvolvido economicamente do país, fica claro quem é o culpado. O PSDB. Os tucanos, nestas quase três décadas vêm paulatinamente destruindo o estado e entregando todas as riquezas para seus patrões do mercado financeiro.

O papel entreguista do PSDB fica bem claro quando observado que a Sabesp, empresa pública de abastecimento de água, tem ações negociadas na bolsa de Nova Iorque. Isto faz com que o objetivo da empresa não seja mais atender ao povo, mas atender aos especuladores internacionais. Tanto que a crise hídrica em São Paulo quase colocou a população a beber água de rejeito.

Na questão das chuvas, a situação se repete. A classe trabalhadora é a última a receber qualquer assistência.

As regiões de risco das cidades já estão a muito mapeadas tanto pelo estado quanto pelos municípios. Então, fica óbvio que há uma grande “má vontade” dos “gestores” tucanos em fazer as obras que precisam ser feitas.

Recentemente, o governo de São Paulo encaminhou, à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), uma proposta de extinção de diversas autarquias e fundações estaduais. Os deputados aprovaram as privatizações, sob o pretexto de “enxugar” o estado. Todavia, isto é mais um grande ataque à população de São Paulo.

Dentre as autarquias e fundações estaduais a serem extintas, estão a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN). Todas estas ligadas diretamente ou indiretamente ao problema das chuvas.

Com a extinção da CDHU, deixarão de existir programas habitacionais em todo estado de São Paulo e que poderiam evitar tragédias como o ocorrido em Embu das Artes. Já a SUCEN se encaixa no contexto das chuvas, pois, com as enchentes, aumentam os casos de dengue, leptospirose e outras doenças.

Fica público e notório que o PSDB é um Robin Hood às avessas, que tira dos pobres pra dar aos, já muito ricos, especuladores financeiros.

A tendência é que, nos próximos anos, o número de vítimas fatais e de famílias que perdem os poucos bens que têm seja ainda maior. Enquanto isto, a imprensa burguesa, parceira dos tucanos e da direita em geral, continuará culpando a chuva, como se estivéssemos na era da pedra, onde o ser humano entendia os fenômenos na natureza como uma ação divina.

Não é a chuva que mata. É a política de rapinagem e expropriação da classe trabalhadora implementada pelo PSDB em São Paulo.

Deslizamentos de terras, desabamentos e enchentes ocorrem em áreas de urbanização quase inexistente, ou seja, áreas onde o estado não presta serviços públicos, que são de direito da população. Em muitos destes lugares, não há a mínima infraestrutura urbana. Muitas famílias vivem sem água encanada ou dependente dos famosos “gatos” de energia elétrica.

A população pobre só tem contato com o estado através do aparelho repressivo do último. A Polícia Militar, não apenas de São Paulo, mas do Brasil inteiro, só vai aos bairros populares para matar a população ou para expulsar famílias inteiras, jogando-as no olho da rua e sem assistência alguma.

Na cidade de São Paulo, controlada também pelo PSDB, mesmo com a pandemia, o número de despejos dobrou. A maior parte destes ocorreu sob ordem do poder judiciário, que todos sabem servir como um braço do PSDB e da burguesia. A prova disto foi a condenação do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro A Privataria Tucana, que denuncia as falcatruas do PSDB durantes as privatizações nos anos 90.

Em resumo, a culpa de todas as tragédias recentes em São Paulo não é “da pobreza”, “das chuvas”, “da educação do povo”, mas do PSDB e de sua política genocida e agressiva contra os mais pobres. O partido, que governa São Paulo há quase três décadas é o principal responsável pelas mortes que ocorreram.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.