Segundo um dos diretores do Facebook, David Baser, trata-se de uma prática comum da rede social usar suas ferramentas de marketing para reunir dados de pessoas que nem sequer tem conta na rede. Se já é um absurdo que o Facebook invada a privacidade dos mais de 2,1 bilhões de usuários que utilizam a rede social, agora ainda tem-se a notícia de que invadem a de milhares (quem sabe milhões) de outras pessoas.
Baser ainda confirmou que isto é usual de todas as grandes empresas. “A coleta de dados pela rede social fora de sua plataforma é feita quando um internauta: Em sites de outras empresas, ‘curte’ ou ‘compartilha’ algum conteúdo no Facebook; Usa sua conta na rede social para se registrar em um site ou aplicativo; acessa um serviço que é cliente de anunciantes do Facebook.”
Ou seja, as classes dominantes claramente utilizam-se das redes sociais para manter um controle sobre o povo. Isso acaba com qualquer ilusão de alguns setores de pequeno-burgueses que acreditam na “transformação do mundo” pela internet – acreditam que a internet mudou completamente as relações sociais e os modos de produção, e coisas do tipo.
Sendo que, na verdade, trata-se apenas de um novo meio de comunicação oriundo do desenvolvimento tecnológico, assim como a televisão e a rádio (claro, cada um com suas especificidades). As relações de produção capitalistas e as táticas de controle pelas classes dominantes de fato não mudam nada.