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Nilton De Sordi, o lateral campeão do mundo perseguido pela imprensa

Da redação – Neste dia 14 de Fevereiro, para dar continuidade às biografias dos importantes jogadores de futebol, iremos comentar um pouco da carreira do lateral paulista, Nilton De Sordi, no dia de seu 88º aniversário.

De Sordi fez parte da gloriosa seleção de 1958, que conquistou o primeiro título mundial da equipe e revelou a melhor dupla da história do futebol, Pelé e Garrincha. Foi convocado pela primeira vez para uma copa do mundo em 1954, já se consagrando com um dos melhores jogadores de sua época.

O lateral nasceu em 1931, na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo. Iniciou sua carreira futebolística jogando pelo XV de Piracicaba, e com 21 anos de idade foi convocado para jogar no São Paulo, onde passou a maior parte de sua carreira, por mais de 13 anos. Disputou 543 partidas pelo tricolor paulista, sendo campeão estadual em 1953 e 1957.

Fez parte de um dos melhores times do São Paulo, que contava na época com o ex-craque do Flamengo e da seleção, Zizinho, que conquistou com ele o título estadual de 1957.

Na seleção, formou com Nilton Santos (Botafogo) uma das melhores duplas de lateral de todos os tempos. De Sordi jogou todos os jogos da Copa de 58, menos a final. E este fato merece um comentário.

Quem acha que a perseguição da imprensa, porta-voz do imperialismo, contra o futebol brasileiro é coisa nova está enganado. Já naquela época, apesar de não haver ainda títulos mundiais, a seleção brasileira já era uma ameaça aos interesses do imperialismo, que manobra para que os times europeus ganhem. A intensa campanha contra os jogadores brasileiros da época foi denunciada nos contos de futebol de Nelson Rodrigues e nos livros que contam a história das copas de 34 e 38.

A seleção brasileira já era a melhor do mundo na época, e também como atualmente foi preciso muitas manobras para impedir a equipe de vencer.

A campanha contra Didi, Pelé e Garrincha na época da copa foi muito marcante. Mas comentemos aqui um fato pouco conhecido do público. De Sordi, como foi dito acima, participou de todos os jogos da copa, menos de final, em que foi substituído pelo lateral do palmeiras Djalma Santos (até hoje considerado o melhor lateral-direita da história). Por muito tempo, não se soube a razão.

Na época, a imprensa fez uma intensa campanha contra o jogador, falando que ele não havia aguentado a pressão, que ele não era digno de um profissional, que ele era um covarde. Segundo a imprensa, o médico da equipe Hilton Gosling teria diagnosticado uma crise nervosa em De Sordi, que teria acovardado, fazendo com que não aparecesse na final do campeonato.

De Sordi, na época, foi mais um dos craques brasileiros atacados pela imprensa imperialistas. O craque do São Paulo percebia os questionamentos venenosos da imprensa e tentava desviar o foco. Apenas duas décadas após o título, houve um esclarecimento sobre o caso. O zagueiro, campeão do mundo do time de 58, Bellini (Vasco da Gama) esclareceu que o lateral havia se machucado no jogo contra a França, que antecedeu a final contra os suecos.

“De Sordi, machucado, chegou a ser deslocado para ponta, mas terminou a partida como lateral-direito porque a França também teve o zagueiro Jonquet machucado, que acabou na ponta-esquerda. Daí De Sordi ter voltado à lateral”.

Entretanto, trata-se de uma anedota que não é comprovada. Mas o que importa não é se a crise nervosa era real ou se ela foi inventada, mas a perseguição intensa realizada contra o jogador – que por questões óbvias teria total direito de se sentir pressionado na véspera de uma final de Copa do Mundo.

Tudo é pretexto para a imprensa atacar os craques brasileiros. E De Sordi foi mais uma vítima da campanha de sabotagem do imperialismo.

O ídolo do São Paulo morreu em agosto de 2013, vítima de Mal de Parkinson, em Bandeirantes, no interior do Paraná. Consagrou-se como integrante da primeira seleção campeã do mundo e 3º jogador que mais vestiu a camisa do tricolor paulista, ficando atrás apenas de Rogério Ceni e Waldir Peres.

De Sordi em 2001

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