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NFAC, uma reação dos negros à extrema-direita nos EUA

As polícias sempre foram inimigas do povo negro. O Estado fascista demonstra isso cada vez mais

A policia é e sempre foi inimiga do povo negro. A evidência disso é histórica e se constata através de suas inúmeras ações criminosas contra o povo como o massacre de Tulsa (a Wall Street negra) em 1921 no estado de Oklahoma, a violentíssima desocupação da comunidade do Pinheirinho em 2012 em São José dos Campos estado de São Paulo, Caldeirão da Santa Cruz do Deserto no crato nordestino no ano de 1937. Todas essas ações acompanhadas até mesmo de bombardeios aéreos contra mulheres, crianças e trabalhadores urbanos e do campo.

Temos uma massa carcerária no Brasil ultrapassa os 800 mil presos. Nos EUA já chega a 2 milhões, com esse contingente formado por homens negros em sua maioria.

A política governamental antidrogas é a ferramenta utilizada pelas polícias desses países para justificar todo o tipo de arbitrariedade contra o povo negro, inclusive usando da prática de enxertar essas substancias na carteira ou bolso de qualquer um com a “aparência” que gere suspeitas: em sua maioria homens jovens e negros de comunidades periféricas.

Em 2015 os jovens e amigos de infância Roberto, Cleiton, Carlos Eduardo, Wilton e Wesley que eram moradores do Morro da Lagartixa em Costa Barros, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro sofreram uma chacina levando 111 tiros ao comemorar o primeiro salário de carteira assinada de Roberto.

Os jovens receberam ordem de parada pela polícia e assim fizeram. Em seguida, a policia disparou os 111 tiros contra eles. Todos eles eram negros e apenas um deles conseguiu escapar, por estar em uma moto. O resultado foram as cenas veiculadas nos jornais e nos meios de comunicação: um carro desfigurado pelos enormes buracos de balas. Dentro dele, cinco jovens, todos negros, ensanguentados e destroçados. Um deles tinha o maxilar solto devido à potência dos tiros contra seu corpo.

Ao lado de um dos pneus, uma arma, comprovadamente “plantada” pelos policiais. A perícia ressaltou que nenhum dos jovens estava armado, ao contrário do que alegaram os policiais.

Adriana, mãe de Carlos Eduardo, emudeceu logo após a morte do filho. Ficava agressiva sempre que via um policial.

Carlos, o pai de Carlos Eduardo, logo após a morte do filho tentou o suicídio, abalado pelas lembranças das imagens de seu filho chacinado. Mônica, mãe de Cleiton, também perturbada pela lembrança das mortes, vive à base de remédios e tem dificuldades para sair de casa.

A guerra do Estado capitalista contra o povo negro é real e utiliza, não só o braço das polícias, mas também de grupos supremacistas para manter a população negra em constante estado de terror e desarticulada.

A introdução da heroína e do crack, duas drogas destrutivas, que levaram à guerras e a massacres dentro das comunidades e favelas é mais um ardil dos estado racista contra à unidade negra com o objetivo de minar sua força e crescimento.

É ingenuo pensar que apenas com dialogo e educação a situação do negro mudaria para melhor. A própria educação pública é usada como ferramenta para enfraquecer às comunidades negras e indígenas. O abuso do sistema é tão escancarado que execuções pela polícia de cidadãos negros desarmados são midiatizadas levando à explosão e à revolta comunidades negras inteiras pelos Estados Unidos e pelo mundo.

Nos EUA, pelo menos 160 diferentes grupos de milícias que se auto intitulam “patriotas” em uma luta abertamente racista contra negros e pobres. São o braço armado de cerca de 630 outros movimentos armados. Todos eles têm suas raízes em organizações racistas, como a Ku Klux Klan.

No ultimo dia 4 de julho, dia que marca a data da Independência norte americana, esses grupos foram confrontados e desafiados por centenas de homens e mulheres negras fortemente armados.

Na data do 4 de julho, data em que os racistas costumam se manifestar em frente a uma estátua dedicada à Confederação no parque Georgia , (famoso por ser considerado o berço da KKK) , milhares de negros surgiram em colunas, devidamente armados para aguardar e enfrentar os racistas. Eles eram todos da NFAC, sigla para “Not Fucking Around Coalition”. Movimento que já está sendo comparado aos Panteras Negras, recebendo amplo apoio e sendo muito celebrado por personalidades negras.

Recentemente o grupo fez sua aparição na cidade de Louisville, estado do Kentucky. Foi dia 25 de julho, para cobrar justiça pela morte de Breonna Taylor, mulher negra que teve seu apartamento invadido por policiais à paisana que a assassinaram.

Se 630 grupos de extrema direita podem andar livremente e agir armados contra negros, indígenas e imigrantes, nada mais coerente do que formar comitês de autodefesa fortemente armados e revidar a esses fascistas.

Não é o momento de recuar e sim de contrapor-se em presença e em força contra a direita fascista. Não apenas nos Estados Unidos , mas em toda a América Latina e especialmente no Brasil onde não bastasse o extermínio da juventude negra, agora milicias fascistas se aliaram a igrejas pentecostais evangélicas passando a perseguir e a assassinar lideranças religiosas da matriz africana para desalojar os terreiros e tomar seu território patrimonial histórico dentro das comunidades!

É inegável que os fascistas estão se fortalecendo e se armando. Basta ver os números de assassinatos no campo, as mortes causadas pela PM e os episódios violentos de grupos fascistas contra os partidos de esquerda e os sindicatos de trabalhadores!

Já não há mais meio de confiar em um Estado fascista. É preciso enfrentar o fascismo armando a classe trabalhadora e formando comitês de autodefesa antifascistas!

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