O primeiro-ministro de extrema-direita de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou “esmagar” o Líbano caso o grupo armado libanês Hezbollah entre em uma nova guerra com o Estado fantoche do imperialismo.
A declaração foi feita antes de uma reunião de seu governo, ao responder a um comentário do líder da organização libanesa, Hassan Nasrallah, no último dia 12. O dirigente árabe afirmou que, caso ocorra uma nova guerra entre Líbano e Israel, ela “será maior que a de 2006” e “colocará Israel a bordo da extinção”.
Netanyahu afirmou apenas que, caso ocorra essa guerra, o Estado judeu “esmagará” seu vizinho.
A última guerra entre Líbano e Israel ocorreu entre 12 de julho e 14 de agosto de 2006. A pretexto de um ataque do Hezbollah a militares israelenses que patrulhavam a fronteira, Tel Aviv iniciou uma operação de guerra envolvendo artilharia, ataques aéreos e bombardeio naval, algo absurdamente desproporcional, como é de costume quando se trata de ataques israelenses aos árabes, particularmente aos palestinos.
Foi a maior ação militar de Israel contra o Líbano desde a invasão de 1982, que durou duas décadas. Nada menos do que 1.200 libaneses (a maioria civis) foram assassinados pelas forças de Israel, enquanto que 157 israelenses foram mortos.
Para “variar”, Israel teve o apoio dos EUA, enquanto que o governo libanês pouco fez contra a invasão. Foi o Hezbollah quem liderou a resistência, com apoio de outras organizações nacionais e do Irã e da Síria. Graças a esse combate, o grupo armado ganhou uma grande projeção e poder, a ponto de hoje manter basicamente um governo paralelo no Líbano, com grande influência no Estado.
A posição de Netanyahu demonstra que Israel continua sendo o principal propulsou de guerras e fantoche do imperialismo no Oriente Médio, ameaçando os outros países militarmente para que os monopólios capitalistas tomem conta das riquezas naturais daquela região.