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Mobilização

Neste sábado, atos por vacina, auxílio, emprego e Fora Bolsonaro

Faltam 2 dias para as próximas manifestações em todo país. É hora de sair às ruas e derrubar Bolsonaro e todos os golpistas

Faltam apenas dois dias para a data nacional de mobilizações em todo país. São até o momento cerca de 250 cidades onde atos de rua estão confirmados por todo Brasil e também no exterior. Contudo, a Frente Brasil Popular já fala em mais de 500 cidades com chamados oficiais para as manifestações, demonstrando um rápido crescimento da mobilização.

De segunda para terça, no início desta semana, o número de cidades confirmadas duplicou, e caso a previsão da frente se concretize teremos manifestações várias vezes maiores neste sábado. No total, espera-se que milhões de pessoas saiam as ruas em todo país exigindo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, por vacina, emprego e auxílio.

Mobilização permanente

Nesta onda de mobilizações, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também fará movimentações na sexta-feira (18) realizando ações nos locais de trabalho para agitar a classe trabalhadora a ocupar às ruas neste sábado. Esta movimentação acompanha a tendência de mobilização expressa por toda população trabalhadora que vem quebrando o imobilismo das direções dos sindicatos e das organizações populares.

O momento é de franco crescimento da mobilização popular. Contudo, as direções da esquerda nacional ainda se mantêm em uma política vacilante e imobilizada frente a movimentação de todos os setores populares. O chamado às manifestações é tímido, o que revela que a esquerda não tem controle na atual situação sobre a vontade da população em sair às ruas.

Se dependesse desses setores sequer haveria manifestações, mas as bases dos partidos da esquerda assim como todo um setor não organizado da população, presente sobretudo na juventude, vem rompendo estas barreiras e saindo às ruas, justamente por compreender a necessidade de se mobilizar contra o regime golpista.

Os trabalhadores, ao contrário do que parecesse pensar estes setores, jamais saíram das ruas em toda pandemia. Nunca houve isolamento social para a grande parte da população brasileira, e a política do “fique em casa” tão defendida pela esquerda, só pode ser aplicada em pequenos setores da classe média mais abastada, ou seja, representando uma política totalmente impopular e contra o interesse da classe operária.

Superar o imobilismo, levar milhões às ruas

Esta defensiva por parte das organizações precisa ser quebrada. Mesmo com a possibilidade de haver milhões de pessoas nas ruas a esquerda se vê pressionada pela burguesia, que por meio de sua imprensa ataca as organizações utilizando como base o problema sanitário. Colocar-se a reboque desta política vem representando uma total falência das organizações perante a ascensão do movimento popular. É preciso deixar claro que é preciso tomar às ruas custe o que custar, que o que assassina os trabalhadores não são as manifestações, mas sim a política genocida de Bolsonaro e todos os governadores “científicos”.

A pressão é tanta que organizações fazem mais propaganda pelo uso da máscara e do álcool em gel nas manifestações do que de fato as impulsionam. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, por exemplo, setores da esquerda chegaram a levar a ideia de adiar a manifestação (!) pelo simples fato de que a previsão do tempo indicava possibilidade de chuva para o dia 19. A ação foi rapidamente repudiada pelos setores de base, que muito radicalizados, se colocaram contra qualquer alteração nas manifestações.

Os trabalhadores não estão mais dispostos a permitir que este genocídio continue. A juventude que tomou às ruas neste dia 29, e vem se mostrando um setor fundamental para a mobilização comparecerá, ao que tudo indica, em peso mais uma vez nas manifestações, independente da política paralisada de entidades como UBES e UNE, controladas pela UJS (PCdoB) e que declararam oficialmente falência política durante a pandemia.

Estas organizações de nada fizeram para defender os interesses da juventude, agora todo este setor radicalizado está tomando às ruas. É preciso a partir organizar as manifestações e levar a frente um programa de luta da esquerda com os trabalhadores contra o regime golpista.

Um programa de luta com Lula nas ruas

É preciso levar nas manifestações as principais reivindicações, mobilizando assim todas as categorias. Enquanto os atos ocorrem por todo país, empresas como os Correios e a Eletrobras vem sendo privatizadas pelo governo golpista, levando ao anuncio de que a população brasileira pode ficar até mesmo completamente sem luz este ano. Os trabalhadores destas categorias estão sendo fortemente ameaçados, correndo sérios riscos de perderem seus empregos e sofrerem de cortes nos principais direitos trabalhistas.

Nesta mesma situação, encontram-se diversas categorias pelo país que somam-se a luta com a parcela majoritária da população que hoje está desempregada. A inflação atingiu níveis recordes do século, o desemprego é o pior desde o início da série histórica e os ataques promovidos pelo regime golpista não param. Universidades como UFRJ irão simplesmente fechar por falta de verbas se nada for feito.

É neste cenário que as mobilizações se mostram a única saída para a população enfrentar a ditadura golpista. É preciso assim, impedir a infiltração direitista nos atos, o verde-amarelismo e a política de acordos com a burguesia, as manifestações precisam ser impulsionadas, como grandes movimentos vermelhos, a cor da luta bandeira popular.

Neste sentido, a declaração de que Lula já pensa em participar das próximas manifestações, representa um grande avanço à esquerda na luta política. A participação do ex-presidente irá dar um caráter ainda mais mobilizador as manifestações, que deverão ter um caráter de movimento permanente, nas ruas pela derrubada do golpe de estado, algo cada vez mais possível, com a população nas ruas de todo país.

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