Em muitos lugares a militância de esquerda, que lutou contra o golpe de Estado de 2016 e está na luta pelo fora Bolsonaro, prepara-se para mais um dia de mobilização. Isto porque neste domingo (5), ocorrerá o sexto final de semana seguido de manifestações pela derrubada de Bolsonaro e todos os golpistas.
Neste fim de semana ainda há dois ingredientes especiais. O primeiro foi a vitoriosa mobilização e greve dos trabalhos de aplicativos ocorrida no dia 1º de julho. Milhares de trabalhadores saíram às ruas em todo o País. Uma demonstração de que as ruas são o espaço que os trabalhadores devem tomar para mostrarem sua força. As manifestações, os piquetes, o bloqueio de avenida, são os verdadeiros métodos de luta da classe trabalhadora. Instrumentos como as redes sociais devem ser agregadores das mobilizações, mas nunca um substitutivo.
A segunda questão é que este domingo antecede a jornada de lutas que ocorrerá em todo o País entre os dias 10 e 12 de julho , aprovada pela última plenária da frente de esquerda que assinou o pedido de impeachment do fascista Bolsonaro. Portanto esse domingo será o dia do “esquenta” para prepararmos um conjunto de manifestações que os governos da direita estão mais do que merecendo.
Está por demais evidente que os governos federal, estaduais e municipais agem em uníssono contra o povo brasileiro. A pandemia do coronavírus já matou mais de 62 mil pessoas e os infectados já ultrapassam a marca de 1,5 milhão. Em total afronta a essa realidade, as medidas dos governantes resumem-se apenas a uma: funcionamento pleno de todo o País.
Projeções feitas diante do avanço da epidemia apontam que no final de julho, caso nada seja feito para conter a doença – e nada foi feito – o número de mortos mais que dobrarão, com uma média diária de óbitos superior a 4 mil, quase o dobro do pico nos Estados Unidos.
Os responsáveis pelo genocídio no País têm nome e CPF. Mais, são os mesmos responsáveis pela maior onda de desemprego no Brasil. Mais de 50% da força de trabalho, cerca de 85 milhões de brasileiros, estão desempregados. A política dos governos, tendo o capacho de extrema-direita Bolsonaro à frente, mas, também, da direita golpista no Congresso Nacional e do Judiciário, é a de fazer que os trabalhadores paguem toda essa conta. De um lado é a morte pelo coronavírus e do outro é o desemprego e a morte pela fome. No oposto dessa situação, os bancos e as grandes empresas ganham rios de dinheiro com a especulação nas bolsas e a entrega do patrimônio nacional com está em curso com a privatização da água e a liquidação da Petrobras.
Portanto, motivos para ir às ruas para defender o fora Bolsonaro e o fim de todo esse regime golpista não faltam. Os explorados brasileiros tem de ter presente que se não houver luta nas ruas nada vai mudar. Muito ao contrário, a situação só vai piorar.
Garantir o direito a uma efetiva política de combate ao coronavírus, garantir o direito à vida, garantir o direito ao trabalho, garantir condições dignas de sobrevivência, são objetivos que para serem alcançados precisam do povo na rua. A tarefa da militância combativa de esquerda reside justamente em criar as condições para que um grande movimento de massas tome conta do País.
Por isso, à luta! Amanhã todos às ruas, de vermelho, com as bandeiras e com as palavras de ordem dos seus partidos e organizações, pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas!