A imprensa golpista e a burguesia vem propagandeando sobre a necessidade da reforma da previdência para salvar a economia nacional. Afirmam que há uma déficit bilionário e se continuar dessa maneira não existe a garantia que as futuras gerações também tenham esse direito a previdência social.
Poucas pessoas, principalmente da classe operária, acreditam nessa versão fantasiosa da burguesia. Mas, o que chama a atenção é que alguns setores da esquerda principalmente no parlamento, propagandeiam essa versão mentirosa dos golpistas e defendem a necessidade de uma reforma menos “agressiva”.
Nem precisamos discutir neste artigo os números que provariam que a previdência social seria superavitária, mas os argumento de que não se deve realizar nenhum tipo de reforma e ainda reaver direitos conquistados dos trabalhadores que foram retirados durante anos pela burguesia.
Em primeiro lugar, deve-se lutar pelo direito ao salário mínimo vital para garantir uma vida adequada para os trabalhadores e seus familiares, e não um salário mínimo de fome que mal dá para sobreviver. Segundo os dados Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) seria de R$ 3.960,57 para garantir o desenvolvimento de uma família.
A pauta tem que ser a reposição dos direitos dos trabalhadores atacados pela direita após o golpe. Um dos mais atacados é o direito de greve que hoje, na prática, não existe mais. Nas greves o judiciário obriga a categoria a ter um efetivo mínimo trabalhando e caso não seja cumprido são multados em valores exorbitantes.
O que se está vendo também é a demissão de trabalhadores grevistas realizada pelos patrões e bolsonaristas nas empresas.
Outro ponto são os ataques a legislação trabalhista e aos sindicatos. É necessário exigir o fim da reforma trabalhista e dos ataques aos sindicatos. Na crise, fica evidente de redução da jornada de trabalho sem redução dos salários para que todos trabalhem.
Os trabalhadores já são extremamente explorados e não devem pagar pela crise para salvar os capitalistas. Em vez de reformas que atacam os trabalhadores, a esquerda deve se colocar pela ampliação e reconquista dos direitos dos trabalhadores.