Tábata Amaral, deputada de São Paulo pelo PDT, pode acabar sendo expulsa do partido. O presidente do partido, André Figueiredo, avisou, segundo reportagem do Estado de S. Paulo, que pode expulsar os deputados que votarem a favor da chamada reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Para o mesmo Estado de S. Paulo, Tábata Amaral já declarou apoio à reforma nesses termos: “Eu não consigo entender. Quem é progressista, quem tem a luta social como algo do sangue mesmo, como que essas pessoas não se posicionam contra a desigualdade que é perpetuada pela Previdência?”
Antes de mais nada, é preciso reiterar que essa “reforma” da direita golpista é um roubo. Os trabalhadores do país inteiro terão que trabalhar por mais tempo para ganhar menos no final. Diante disso, qualquer parlamentar que se coloque a favor da “reforma” apoia um roubo da direita contra os trabalhadores, coloca-se ao lado da direita, com uma política francamente direitista.
Com ajuda da imprensa burguesa, setores de esquerda tentaram apresentar Tábata Amaral como uma pessoa de esquerda. Da mesma forma que tentaram fazer com o próprio Ciro Gomes, candidato do mesmo partido, o PDT, à presidência em 2018. Ciro Gomes apresentava-se como de esquerda para abocanhar votos que seriam tradicionalmente do PT. Era uma manobra da direita nas eleições, do mesmo tipo de manobra que Marina Silva representava.
Além de buscarem apresentar Tábata Amaral como de esquerda, outra propaganda feita em torno da figura da deputada é de que ela teria vindo da periferia de São Paulo. No entanto, tenha vindo de onde tenha vindo, a política defendida pela deputada do PDT certamente não é do interesse dos trabalhadores e de quem mora nas periferias. É uma política de ricos, que atende aos interesses dos banqueiros e dos grandes capitalistas. O assalto à previdência é obra desses setores, sacrificando os trabalhadores em nome do interesse de uma minoria de especuladores. E e ao lado deles que Tábata Amaral se coloca com seu apoio à “reforma”.