As mobilizações do último dia 15 de maio, as quais reuniram milhares de pessoas, trabalhadores, jovens, estudantes de todo o país deixaram claro o repúdio popular ao golpista Bolsonaro. As manifestações foram uma decorrência do processo de luta desenvolvida no período anterior, desde o golpe contra Dilma Rousseff, a prisão política do ex-presidente Lula e sua exclusão arbitrárias das últimas eleições.
As mobilizações aprofundaram ainda mais a crise política do governo fraudulento de Jair Bolsonaro. Isto pode ser verificado na crise interna entre os diferentes setores golpistas, no crescente isolamento do governo Bolsonaro perante não só a população, mas entre os próprios aliados.
Diante da crise, o imperialismo já procura dar uma saída por cima. Vale destacar que Bolsonaro não era o candidato favorito dos bancos internacionais e dos monopólios. Bolsonaro foi o escolhido devido a liquidação da direita tradicional – PSDB, DEM, MDB – após o golpe de estado. Nesse sentido, o imperialismo já prepara a substituição de Bolsonaro por outro golpista igual, ou pior a ele, como Mourão e o próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia do DEM-RJ.
O imperialismo conta com o apoio dos setores direitistas no interior da esquerda, como Fernando Haddad, do PT, Orlando Silva do PCdoB, Guilherme Boulos e Marcelo Freixo do PSOL, os quais vem se esforçando para virar a página do golpe, chegando a um acordo com setores da direita tradicional.
É necessário que as organizações da classe trabalhadora e os movimentos populares intervenham na crise política e levantem a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Contra a manobra da direita tradicional, apoiada pela esquerda coxinha, é preciso dizer bem claramente: nem Bolsonaro, nem Mourão, nem “Centrão”: eleições gerais. É necessário exigir a participação do candidato que foi arbitrariamente excluído do processo eleitoral de 2018, Luíz Inácio Lula da Silva. Liberdade para Lula, Lula candidato!