O governo golpista de Bolsonaro continua trocando seis por meia dúzia quando se trata de ministros. Após decidir demitir Luiz Henrique Mandetta, Bolsonaro buscou um substituto que estivesse alinhado a ele, ou seja, com as mesmas ideias fascistas e políticas ineficazes para a crise, no caso o escolhido foi Nelson Teich. Mais uma vez, um escolhido do governo defende políticas que atacam direitos essenciais das mulheres, pois Teich é plenamente contra a realização do aborto, um direito essencial das mulheres e questão de saúde pública, chegando a ser irônico que a sua proibição seja defendida por um médico, já que Nelson é oncologista.
Assim como Mandetta, que foi a favor de várias políticas que sucateiam o SUS, como o fim dos Mais Médicos, o corte de gastos com a pasta da saúde dentre outros, Teich é um empresário do ramo da saúde, aquele que usa a vida das pessoas como mercadoria, o que seria inocente da nossa parte esperar que o mesmo não adotará posicionamentos semelhantes em detrimento do SUS e também da vida das trabalhadoras que dependem do sistema, além de ter posicionamento completamente contrário ao aborto, o que deixa o direito essencial das mulheres ainda mais difícil de ser legalizado.
O governo Bolsonaro assim como todo governo golpista de extrema direita sempre serviu a favor do conservadorismo e contra a vida das mulheres. O aborto é apenas um dos pontos que as mulheres precisam lutar para que isso seja assegurado pelo Estado, em clínicas públicas que possam dar todo o respaldo. seja médico e psicológico. Além disso, no caso brasileiro, as mulheres precisam lutar também para que o Sistema Único de Saúde seja preservado e não sucateado e desmantelado, afinal as mulheres trabalhadoras em sua grande maioria dependem do SUS para cuidarem da sua saúde e também de sua família. Esse tipo de mudança não será feita se o governo de Bolsonaro continuar no poder, afinal o problema não é apenas Bolsonaro, mas sim toda a equipe de governo que ele escolhe, sejam substitutos ou não, todos estão alinhados com o maior inimigo da vida e liberdade das mulheres, que é a extrema direita.
Por isso se faz necessário a união das mulheres diante deste governo fascista, a luta da mulher proletária junto a todos os trabalhadores nos levará a derrubada do governo que não respeita a vida das pessoas, e a cada dia que passa aplica mais e mais políticas genocidas e prejudiciais a vida das mulheres. Somente em uma sociedade onde a saúde, a vida e a propriedade não são tratadas como algo privado e mercadorias que todas as mulheres e trabalhadores poderão viver em plena igualdade social e econômica, e isso só é possível através do Estado operário. Contra todos aqueles que atacam os direitos das mulheres e sua emancipação diante da sociedade, a união e a luta das mulheres levará a uma sociedade justa e que preserve a vida das trabalhadoras.