Segundo a Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo, 2017 foi o ano em que a PM mais matou. Foram 940 pessoas assassinadas sendo que apenas 3% destes crime foram investigados pela Corregedoria da PM. Existe uma suposta proposta de criar uma especie de polícia da polícia que seria uma forma de combater a criminalidade policial. Os próprios locais que os PMs trabalham são os que realizam a apuração de 97% dos casos. Essas apurações ficam também nas mãos dos próprios colegas de batalhão.
De acordo com dados da ouvidoria, 74% das ocorrências de 2017 houve excesso praticado pelos policiais. Esse excesso também foi praticado pelos policiais em situação de legitima defesa. Em outras situações não existiu nem o confronto, o soldado apenas atirou. As pessoas que mais morrem pelo braço armado dos estado são de 95% de pobres e 65% negros de até 25 anos. A maioria desses policiais que cometem esses crimes não é presa, pois existe um aparato legal que comprova inocência.
É a lei do Moro na prática. Com a proposta dele vai piorar ainda mais. Nem os 3% investigados vão dar punição, além disso haverá um estímulo a mais para a polícia matar. O ministro golpista da justiça enviou para o governo o seu pacote da maldade chamado lei “anticrime” com propostas inconstitucionais de alteração em 14 leis. Isso nada mais é do que um avanço do Estado de exceção contra pobres e negros.