Nessa semana um levantamento do SUS escancarou o descaso do regime político golpista de conjunto diante da crise sanitária. Os dados esclarecem o caráter classista da pandemia no Brasil: a maioria dos infectados e vítimas do coronavírus são pessoas negras e pobres.
Das vítimas em todo País cuja cor foi registrada, 61% constam como negras, segundo o levantamento do SUS. Enquanto, segundo o IBGE, as pessoas negras vítimas do COVID-19 representam 54%. Nas regiões em que se destacam os maiores números nesse sentido é o Norte, 86% das vítimas eram negras. No Nordeste, contabilizam 82% dos mortos.
Isso segundo os dados oficiais que, é importante constar, estão em total descompasso com o completo descontrole da pandemia no Brasil. Já foram demonstrados em diversas oportunidades que os números das instituições do regime estão muito aquém da realidade vivida pela população em relação ao coronavírus. É muito provável que os números entre a população pobre sejam extremamente maiores do que os apresentados.
É necessário ressaltar que esses dados, mesmo que muito abaixo da realidade, mostram que esse resultado não veio do aquém e do além: é consequência direta da política de toda direita tradicional e da extrema-direita nacional. Todo poder público, das prefeituras, passando pelos governos estaduais, até o governo federal de Jair Bolsonaro, foram condizentes com impulsionar esse verdadeiro genocídio, um massacre a céu aberto, das grandes massas proletárias do País.
A única maneira de barrar o genocídio é organizar um levante popular dos trabalhadores para barrar esse genocídio. Por isso, é importante somar a iniciativa dos Comitês de Luta e do Partido da Causa Operária para sair às para mobilizar e organizar um amplo movimento pelo Fora Bolsonaro, botando abaixo todo regime de morte e fome que é o regime golpista.
