Foi descoberto um bordel no bairro do Bom Retiro, na capital paulista, nesta quarta-feira (04) onde chinesas eram escravizadas e vítimas de prostituição. O estabelecimento funcionava com uma fachada de Karaokê. A Polícia Civil de São Paulo prendeu o dono do estabelecimento e sua esposa.
Os policiais relatam que quando chegaram ao local, surpreenderam 14 chinesas distribuídas em sete quartos com condições precárias de higiene. Nenhuma fala português e eram proibidas de sair, exceto quando acompanhadas por um funcionário.
Uma das chinesas disse que foi aliciada com a promessa de emprego no ramo de confecção. Ao chegar no aeroporto, foi levada diretamente ao bordel. O mesmo ocorreu com as outras. Uma parte do dinheiro arrecadado com os programas era entregue à gerência, que só recebia clientes chineses e por meio de indicação.
O caso caracteriza tráfico internacional de mulheres e expressa o perigo de mulheres jovens, pobres e imigrantes de serem aliciadas e forçadas à prostituição. O capitalismo, sistema econômico decadente, transforma o corpo feminino em uma mercadoria, um valor de troca, com o objetivo de dar lucro. O caso das chinesas é bem claro nesse sentido.