A extrema-direita alemã, Alternative für Deutschland (AfD, Alternativa para a Alemanha, em português), está realizando uma campanha de censura contra os professores nas escolas do país. A campanha pede para que os alunos denunciem os professores que estiverem realizando ”doutrinação” na escola. A proposta dos descendentes políticos de Hitler na Alemanha é quase que a mesma da política do Movimento Brasil Livre (MBL) no Brasil, o projeto Escola Sem Partido.
Na Alemanha, eles denominam de “Escola neutra”. Na verdade, é preciso dizer que essa política “sem partido” e “neutra” que a direita faz campanha, quer dizer, efetivamente, que é de direita. A suposta ideologia “neutra” e “sem partido” é uma política da direita, pois efetivamente não existe tal coisa, uma vez que toda opinião é carregada de ideologia política, com interesses políticos por detrás.
É simplesmente uma forma da direita levar adiante uma política de censura contra toda ideologia de esquerda nas escolas, implantando um ensino altamente direitista, mais do que já é. A política tanto do MBL quando da AfD nazista é uma política policialesca a favor da censura, à maneira da SS nazista e da guarda de Mussolini, na Alemanha e Itália fascistas.
A extrema-direita está se tornando central na luta política mundial. Na Europa, por exemplo, quase todos os países têm uma extrema-direita fortalecida ou se fortalecendo. No caso do Brasil, isso fica muito claro com as agressões dos bolsonaristas contra a população. A única forma de barrar o avanço da direita é com mobilização popular e a formação de comitês de luta para mobilizar todos os setores da sociedade em órgãos independentes de luta dos trabalhadores.