Um grupo de juízes golpistas venezuelanos publicou um vídeo na internet no último dia 8 afirmando que o presidente Nícolas Maduro seria ilegítimo por ter sido eleito durante eleições em que os partidos de oposição da direita foram proibidos de participar. Primeiramente é preciso deixar claro que tais juízes fazem parte de um tribunal organizado pelo próprio imperialismo e que atua fora da Venezuela. Estes magistrados não passam de fantoches dos EUA, tal como Sérgio Moro e outros juízes brasileiros, cuja a única função é servir de instrumento dos interesses imperialistas. Devido ao controle conquistado pelo chavismo na Suprema Corte venezuelana, o imperialismo foi obrigado a organizar instituições artificiais como estas, o chamado Tribunal de Justiça do exílio, sediado provavelmente em Miami.
Em segundo lugar é preciso destacar que, na realidade, foram os partidos de direita que boicotaram as eleições presidenciais de 2018, uma vez que, mesmo com todo o dinheiro dos EUA e toda a fraude, perceberam que não iriam vencer devido ao apoio popular ao governo chavista. De maneira golpista, a direita venezuelana e o imperialismo, o qual organizou golpes de estados no mundo todo nos últimos anos, agora tentam desestabilizar o governo afirmando que o mesmo é ilegítimo
Os juízes golpistas pedem na declaração que Maduro entregue o poder para o Parlamento venezuelano. O parlamento é dominado pelos partidos da direita venezuelana, os quais somente conseguiram maioria após diversas fraudes durante as eleições de 2015. O governo chavista, diante da ação golpista da direita no Parlamento, a qual boicotava todas ações do governo, convocou a Assembleia Nacional Constituinte, com apoio dos movimentos populares, dos sindicatos e dos trabalhadores. Justamente por ter esse apoio, a Constituinte foi boicotada pela direita. O governo conseguiu então se fortalecer frente às pressões externas.
Fato é que, mesmo com toda a pressão externa do imperialismo norte-americano, os boicotes econômicos por parte dos capitalistas, os ataques e a campanha contrária feita pela imprensa vendida e os grupos de extrema-direita, o governo chavista de Maduro se mantém legitimamente eleito novamente com amplo apoio popular. A crise política na Venezuela é uma das questões fundamentais da luta que se trava hoje na América Latina contra a política golpista do imperialismo. Nesse sentido é necessário apoiar de maneira incondicional o governo eleito de Nícolas Maduro e se colocar abertamente contra as ameaças de invasão feita pelos EUA e seus governos fantoches e golpistas na América do Sul.