Nessa terça-feira, 5 de maio, o governador fascista do Estado de São Paulo, João Doria, publicou no Diário Oficial do Estado um decreto que torna obrigatório o uso de máscaras em todos os locais públicos do Estado, prevendo assim uma multa que varia entre R$276 a R$276 mil para quem descumprir a regra, podendo ser também detido por um ano aqueles que não estiverem de acordo.
A norma tem inicio nesta quinta-feira, 7, porém as exigências já existem antes mesmo disso.
A desculpa utilizada pelo governador baseia-se nas recomendações do Ministério da Saúde e no Centro de Contingência do Coronavírus, próprio do governo estadual, como “necessário” para conter a disseminação da doença.
Logicamente, o “necessário” será imposto pelos conhecidos moldes da burguesia, ou seja, esmagando o povo e sugando todo o dinheiro que for possível dos trabalhadores.
No lugar de fazer uma política de distribuição de máscaras, assim como demais materiais de proteção e combate à pandemia, o governo resolve deixar o povo “se virar” por conta própria, não fornecendo nenhum tipo de auxilio para a população.
Além disso, lança de forma demagógica e cínica uma série de leis que tem como único intuito, em vez de proteger o povo, reprimi-lo. O coronavírus, dessa forma, torna-se mais um pretexto para fortalecer a repressão e a ditadura, esmagando os trabalhadores e aprofundando os ataques contra eles.
Chama a atenção, que além da típica política repressiva, a burguesia, assim como visto nos países imperialistas, passa a criar uma verdadeira indústria da multa em cima da falta de condições dos trabalhadores.
Assim, além de não dar auxilio e não permitir que os trabalhadores se protejam da mortal pandemia, a burguesia ainda decide por esmagá-los ainda mais, promovendo a utilização de multas absurdas e abusivas, independentemente de qual seja a situação.
Essa política é um novo passo da ditadura que que está em curso no país. Prisões, multas estratosféricas, perseguição e repressão policial nas ruas são fortes indícios do que prepara a burguesia para o próximo período.
Tal fato necessita ser amplamente denunciado e combatido pela esquerda e demais organizações populares. Os “heróis do povo” são os mais atrozes inimigos dos trabalhadores.