A direita golpista, em conluio com sua imprensa e as instituições do regime, está garantindo seu espaço nas ruas do Brasil. Todos sabem que os órgãos administrativos dos estados que cuidam do espaço público estão ou no comando da direita ou pressionados por ela.
Foi diante desse problema que as lideranças do movimento contra o golpe acabaram cedendo datas, espaços, horários, para a direita fascista, acabando por ficar, por exemplo, sem um ato, hoje, na Paulista, contra a prisão de Lula.
A Paulista concentrou, desde o início da luta contra o golpe, todas as organizações e militantes que estavam dispostos a derrubar a direita, e, por isso mesmo, precisa ser palco de uma nova manifestação, contra a prisão do ex-presidente Lula.
Esse ato precisa ser marcado urgentemente, independente do resultado do julgamento de hoje, no Supremo Tribunal Federal (STF), do habeas corpus de Lula.
As ruas são do povo trabalhador. A direita não as conhece, não as utiliza porque tem nojo do povo pobre, negro e trabalhador; não precisa (nunca precisou) delas para suas “reivindicações”, pois já tem a PM, os grupos de extermínio, o latifúndio e o Poder Judiciário.
É preciso que as organizações dos trabalhadores, seus partidos, sindicatos e associações, convoquem um ato massivo na Paulista, contra a prisão de Lula, para impor uma derrota ao judiciário golpista, contra a direita fascista.