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Cretinismo eleitoral

Não pode protestar, mas pode semear ilusões eleitorais

PSOL, da política do fique em casa à política de: às ruas pelo voto!

Desde o primeiro momento da pandemia de coronavírus, em meados de março, a esquerda de maneira geral, com a exceção do nosso partido, aferrou-se a limitadíssima política de isolamento social, promovida pelo governadores de direita. Sob a justificativa de não fazer o vírus circular a esquerda fechou os sindicatos, as sedes partidárias e abandonou a luta política. Milhões e milhões de trabalhadores, no entanto foram proibidos de isolar-se, permaneceram em seus posto trabalho, expostos ao vírus. Agora com as eleições municipais, tudo mudou.

O Partido da Causa Operária, sob uma torrente de críticas dos mais diversos setores da esquerda, realizou o único ato de 1º de maio presencial do país, mantendo uma longa tradição e tomando todas as precauções necessárias para evitar o contágio. Nesse ato destacou-se a necessidade da mobilização pelo fora Bolsonaro, cuja política levaria, como levou a um genocídio, e em defesa de um programa emergencial para conter o doença. O Partido caracterizou a atividade política e sindical como atividade essencial, um dever a ser cumprido pelas direções da organizações operárias e os partidos de esquerda. A esquerda pequeno-burguesa e organizações operárias, porém, nessa ocasião realizaram um ato virtual com personas non gratas, o que foi uma quase decretação de férias.

De lá para cá, o PCO vem realizando campanhas de rua todas as semanas, organizando comitês populares nos bairros pobres, realizando atos fora Bolsonaro todos os domingos, dentre outras atividades, sempre tomando precauções em relação ao vírus. Ao longo de todo esse período, a esquerda permaneceu nas lives, considerando a nossa ação e de outras pessoas e grupos que se mobilizaram e protestavam nas ruas como descabida, negacionista e até bolsonarista. Para eles, a responsabilidade moral exige o fica em casa, que é a atitude mais proveitosa para o bem comum.

O PSOL, como partido de pessoas bem pensantes e com muita responsabilidade moral, foi um dos que mais ficaram ligados a política de “fica em casa”, e levaram a risca essa orientação, por isso a extrema dificuldade de encontrar militantes desses partidos nas mobilizações que ocorreram nesse período.

Em uma matéria de 22/04, em que o PSOL notícia que deputados do partido entram com ação civil pública contra Bolsonaro, o partido manifesta sua orientação: “Bolsonaro incentiva a população a burlar o isolamento social e segue fazendo aparições públicas e participando de manifestações, o que causa aglomerações e aumenta o risco de contágio do novo coronavírus. A recomendação da OMS é para que qualquer tipo de aglomeração seja evitada e que o isolamento social seja respeitado, para evitar o colapso do sistema de saúde”.

Quebraram a orientação apenas quando se tratou de apoiar a política da frente ampla de conter a mobilização da esquerda contra os fascistas, que sempre estiveram nas ruas. O senhor Guilherme Boulos se apoderou da mobilização crescente, retirou-a da Paulista e enterrou-a. Depois de prestar esse serviço a frente ampla, voltaram todos a isolamento social e as lives.

Diante das eleições, porém essa orientação geral já não vale. Trata-se agora de uma louca corrida atrás do voto. O candidato do PSOL, à prefeitura de São Paulo, o mesmo Guilherme Boulos, em seu primeiro dia de campanha passou em vários pontos da cidade promovendo a “aglomeração”, tão criticada pelo PSOL ontem. Tal aglomeração agora estimulada pelo PSOL, porém não foi com o intuito legítimo de mobilizar os trabalhadores e os oprimidos contra o golpe de Estado e pelo fora Bolsonaro, carrasco do povo brasileiros, mas tão e somente para semear ilusões eleitorais.

A pandemia revelou o caráter puramente eleitoral do Partido Socialismo e Liberdade, no momento em que mais a classe operária e os oprimidos em geral necessitaram de direção e organização política, o partido se recolheu preguiçosamente a seus aposentos, mas ressurge triunfante nos 45 dias de campanha eleitoral para pedir o voto dos trabalhadores e oprimidos, ao termino esse período voltará sem dúvida a recolher-se em seu permanente isolamento do povo pobre e trabalhador.

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