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Não, o Brasil não está doente

Em sua coluna para o jornal direitista El País, Eliane Brum culpa o povo brasileiro pela atual conjuntura política do país. Antes de analisar a matéria de Brum vamos reafirmar aqui que El País é um jornal espanhol, completamente comprometido com poder, altos executivos e com a burguesia de conjunto. Promoveram na Espanha demissões em massa, ao mesmo tempo em que seus dirigentes ganham cerca de U$ 1 milhão por mês, fazendo o jogo de grandes grupos empresariais europeus.
Aqui no Brasil, o jornal, que tem total admiração da esquerda descolada, faz tipo progressista, pelo menos liberal e tenta camuflar o fato de ter apoiado a direita espanhola sempre.
Dado os nomes aos bois, falaremos sobre “Doente de Brasil”, matéria de Eliane Brum para sua coluna no referido jornal hispânico direitista.
Eliane começa sua infinita coluna no estilo clássico identitário das lutas contra as palavras que não podem ser usadas. Para ela, é injusto Bolsonaro ser chamado de louco. O correto seria chamá-lo de “sem limites” e “perverso”.
Além dos distracionismos propositais como: apontar qual palavra pode ou não pode ser usada, apontar para a luta ecológica em defesa da Amazônia como caminho, e carteiradas camufladas em análises de psicólogos que explicam por A + B como o povo brasileiro “optou pelo ódio” e agora pagam com “ansiedade extrema e/ou depressão”, Eliane Brum cinicamente afirma que “Não é do jogo democrático ter um homem como Jair Bolsonaro na presidência”. Cinicamente, por que El País ajudou na articulação do Golpe, e diferentemente da “Globo da Inglaterra” (BBC) não se preocupou nem em fingir que reconhecia o golpe de Estado no Brasil e que Lula tinha sido preso arbitrariamente como novo capítulo do mesmo golpe que depôs Dilma.
Em seus quase 40 parágrafos (sim. A matéria de Brum tem 34 parágrafos) Eliane cria todo tipo de confusão política, para os intelectualóides que se aventuram a penetrar em sua leitura até o trigésimo quarto parágrafo.
Segundo Brum, “…Os últimos anos de polarização política, que dividiu famílias, destruiu amizades e corroeu relações em todos os espaços da vida… Acirrou-se enormemente a partir da campanha eleitoral baseada no incitamento a violência produzida por Jair Bolsonaro em 2018.” Não foi a polarização política que colocou Bolsonaro na presidência, Brum. Você sabe muito bem disso. Quem colocou Bolsonaro na presidência foi o congresso comprado pela derrubada de Dilma, foi a prisão ilegal do candidato que iria vencer as eleições.
Eliane Brumn finge em sua coluna que não teve Operação Lava Jato perseguindo o PT, que não teve premiação ao Moro como Ministro por ter prendido Lula, que não aconteceu nada… que simplesmente o povo adorou um discurso que incitava a violência e assim o elegeu.
Brum prossegue cínica. E demagógica: “Vou insistir, mais uma vez, neste espaço, que precisamos chamar as coisas pelo nome. Não apenas porque é o mais correto a fazer, mas porque essa é uma forma de resistir ao adoecimento.
O interessante é que ela fala em chamar as coisas pelo nome mas não fala em nenhum momento o nome: golpe de Estado.
 
Na coluna Brum também tenta fazer parecer que o excesso de pacientes de seus amigos psicólogos com sintomas de ansiedade e depressão tem ligação com o fato de terem escolhido um governo por esse incitar a violência.
Sobre isso é importante analisar a confusão proposital que Brum tenta fazer: Faz-se entender que o povo brasileiro elegeu Bolsonaro e agora o povo está nas clínicas psiquiátricas, depressivo pela escolha que fez por conta da polarização política.
 
Fica difícil de entender como que com mais de 13 milhões de desempregados o povo está conseguindo ser atendido pelos psicólogos amigos de Brum.
 
Mas para Brum o importante é academicamente, discorrer 34 parágrafos culpando o povo pelo ascensão neoliberal ao poder.
 
Assim como como o jornal Folha que disse que o brasileiro tem “problemas mentais”, toda essa imprensa direitista camuflada de esquerdista precisa ser desmascarada. Estadão, O Globo, El País, BBC, New York Times não são a imprensa neutra, como a esquerda pequeno-burguesa gosta de chamar. São uma escória da informação, um bando de ordinários manipuladores que tentam culpabilizar o povo pela desgraça que eles próprios ajudaram a ascender ao poder.
 
Enquanto isso as lideranças de esquerda seguem no mesmo cretinismo parlamentar e carreirismo político de sempre: abandonaram Lula e a luta contra o Golpe e estão escrevendo coluna na mesma imprensa que ajudou na articulação do golpe e montando Frente Ampla com Rodrigo Maia, FHC, PSDB, PDT.
 
Não, Eliane Brum. O Brasil não está doente. Está sem orientação política.

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