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Revolta do guarda-chuva

Não há novidade: protestos em Hong Kong são pró-imperialistas

Na guerra contra a China, o imperialismo usa o conhecido método dos protestos artificiais

Matéria do mês passado publicada no sítio The Intercept Brasil, assinada pela antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, A revolta do guarda-chuva de Hong Kong nos ensina como protestar, revela as confusões contidas na esquerda ao analisar os movimentos políticos. Assim como a maioria da esquerda ainda não compreendeu o que ocorreu no Brasil durante junho de 2013, o que houve no Egito, Ucrânia e outros países, a colunista também tem dificuldades de entender o que se passa hoje na China.

Com a pretensão de que os protestos em Hong Kong poderiam servir de lição para os brasileiros, a antropóloga ignora que tais “lições”, na realidade, já foram colocadas em prática muito antes no Brasil em 2013 e passou por todas as chamadas “revoluções coloridas” nesse tempo todo. Quando a autora afirma que os manifestantes de Hong Kong têm “lições” para oferecer ela traz à tona o velho debate sobre as novas formas de organização dos movimentos políticos, que a experiência já mostrou que não somente é um debate falso, mas principalmente é um debate introduzido pela própria burguesia para facilitar sua influência nas manifestações.

No Brasil, as “novas formas de manifestação” do Movimento Passe Livre desembocaram em novas formas de organização, entre eles o Movimento Brasil Livre. A tentativa de “inovar” não significa nada mais do que a velha afirmação de que os partidos estariam desgastados, os sindicatos também, as tradicionais e grandes organizações do povo estariam ultrapassadas etc. Tudo isso é um discurso ideológico cujo objetivo é abrir o espaço para que a burguesia controle políticamente os movimentos. Aconteceu isso no Brasil em 2013 e aconteceu em outros países.

É esse o caso de Hong Kong, só quer mais grave. As manifestações atuais no território acontecem de maneira tardia em relação ao Brasil e outros países. O que acontece em Hong Kong é muito mais do que o sequestro de uma manifestação que começa popular e depois é dominada pelo imperialismo. Tudo indica que quem impulsiona tais protestos é o próprio imperialismo. Rosana Pinheiro-Machado reconhece a presença do imperialismo: “Nas redes sociais do mundo todo, circulam imagens em que aparecem bandeiras dos Estados Unidos e da Inglaterra no meio das manifestações, sugerindo que se trata de um movimento imperialista ou colonialista”, mas para ela esse é apenas um acidente.

Não se trata de nenhum acidente. É preciso levar em conta que há uma guerra comercial em curso contra a China. Há a intimidação em torno da questão do Mar do Sul da China e a perseguição contra a empresa HuaWei. Há uma ofensiva imperialista contra a China e é nesse quadro que se apresentam os protestos.

Está claro que o imperialismo faz em Hong Kong o que fez com o MBL no Brasil. A autora reconhece a presença desses grupos, mas ignora sua importância como se fosse algo pontual na situação.

Deslumbrada com o povo na rua, a autora se coloca numa posição direitista e pró-imperialista. É preciso, ao contrário, denunciar mais essa farsa criada pelo imperialismo para desestabilizar os países atrasados. Impulsionam protestos artificiais para derrubar ou influenciar governos.

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