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Não há crise humanitária na Venezuela, a “ajuda humanitária” é uma desculpa para a invasão

O imperialismo, sempre quando invade algum país, o faz em nome da “democracia”, da “liberdade” e, mais recentemente, da “ajuda humanitária”.

É o que ocorre na Venezuela. A imprensa capitalista nos bombardeia com uma propaganda enganosa sobre “crise humanitária” no país vizinho, como preparação do terreno para que os aviões norte-americanos bombardeiem a Venezuela com a “ajuda humanitária” que são as bombas. Para que os tanques invadam a Venezuela atirando “ajuda humanitária” por seus canhões. Para que os soldados colombianos, brasileiros e estadunidenses disparem a “ajuda humanitária” da ponta de suas armas.

Se existe alguma espécie de “crise humanitária” na Venezuela, a sua causa é o boicote da burguesia local e o bloqueio econômico do imperialismo.

Em 2013 iniciou-se uma guerra econômica contra a população venezuelana, para derrubar o governo de Nicolás Maduro e o chavismo. A burguesia simplesmente parou de produzir e distribuir os produtos mais básicos, como comida e remédio. Centenas de galpões de supermercados e outros estabelecimentos comerciais foram encontrados lotados de produtos (muitos vencidos), para dar a impressão de escassez causada pelas políticas do governo chavista e também para que os grandes empresários lucrassem com a especulação, elevando a inflação às alturas.

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Somado a isso, em março de 2015 o imperialismo iniciou, oficialmente, a aplicação de sanções à Venezuela, para asfixiar a economia do país e impedir que ele importasse alimentos e medicamentos (uma vez que internamente a sua circulação estava sendo boicotada).

Entre 2013 e 2017, a Venezuela perdeu 350 bilhões de dólares em produção de bens e serviços, devido à guerra econômica que sofre, segundo estudo da Unidade de Debates Econômicos do Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (Celag). Apenas nos últimos seis meses, o bloqueio e as sanções dos EUA sugaram da Venezuela mais de 35 bilhões de dólares, afirmou o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza.

Essa guerra econômica, em conjunto com a extrema violência da oposição fascista, provocou a emigração de dezenas de milhares de venezuelanos para outros países. Todo esse cenário gerou uma gigantesca crise no país que, embora seja gravíssima (mas não pelas causas propagadas pelos órgãos imperialistas, e sim pelo próprio imperialismo), não pode ser considerada uma crise humanitária.

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Isso foi constatado até mesmo por um enviado especial da ONU que visitou a Venezuela no final de 2017. Alfred de Zayas passou uma semana em Caracas, cruzou as ruas da cidade e relatou que não encontrou moradores de rua, por exemplo, nem viu gente passando fome. Ele também se entrevistou com dezenas de jornalistas, políticos opositores e governistas, ativistas de ONGs, acadêmicos, etc. e tirou a conclusão de que não existe uma crise humanitária na Venezuela.

Não há crise humanitária na Venezuela - enviado da ONU

Além disso, denunciou que o que causam as mortes no país em meio à crise são as sanções imperialistas, uma vez que faltam remédios que a Venezuela não pode comprar devido ao bloqueio do sistema financeiro internacional. “As sanções à Venezuela implicam um crime contra a humanidade” e violam o Artigo 7º do Estatuto de Roma, disse.

Portanto, a suposta “ajuda humanitária” que os Estados Unidos está enviando à Venezuela, por meio da Colômbia e do Brasil, não passa de uma fachada para encobrir o verdadeiro objetivo no país: invadi-lo e derrubar Maduro.

Até porque, a agência que está encarregada de enviar tal “ajuda humanitária” é a USAID, famosa por orquestrar golpes de Estado mundo afora justamente com esse tipo de artifício, de alegadamente “apoiar a democracia e os direitos humanos”.

Se os Estados Unidos, os outros países imperialistas e seus fantoches estivessem realmente preocupados em ajudar o povo venezuelano, eles não imporiam as mais severas sanções à Venezuela, que causam a falta de comida e de remédios.

Ademais, o governo venezuelano – esse sim – tem feito o máximo que pode dentro dos padrões de um regime reformista e conciliador em fornecer o básico para a população, com a distribuição quinzenal ou mensal das cestas CLAP, dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção. São cestas básicas com muito mais produtos do que os que estamos acostumados a receber no Brasil e atender às necessidades básicas de 6 milhões de famílias (cerca de 20 milhões de pessoas, sendo a Venezuela um país de pouco mais de 30 milhões de habitantes).

A Venezuela não precisa de uma “ajuda humanitária” tal qual o imperialismo enviou à Síria, à Líbia ou a outros países invadidos, bombardeados e destruídos pelas bombas “humanitárias”.

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