O PSOL do Rio de Janeiro anunciou para ser candidato a vice-prefeito da capital do Estado o coronel da reserva, ex-comandante geral da PM do Rio de Janeiro, Ibis Silva Pereira. O coronel Ibis Silva Pereira possui uma “experiência” de 33 anos de Polícia Militar e chegou a ser comandante-geral da PM no final de 2014 no governo de Luiz Eduardo Pezão.
A polícia militar é uma instituição de tipo fascista formada para massacrar a população pobre e trabalhadora. É historicamente, inimiga da população e serviu para dar base a repressão nos anos de chumbo da Ditadura Militar para perseguir as organizações dos trabalhadores e militantes de esquerda.
Nesse sentido é uma instituição que seleciona a dedo seus integrantes e nos cargos de oficiais, ainda mais oficiais superiores como Coronel. Para ser efetivado e chegar a ser um oficial superior é necessário ter concordância como a política colocada em prática pela instituição. Ser nomeado comandante da instituição, conhecida por possuir características fascistas, por políticos burgueses que colocaram em prática uma política genocida e de massacre da população pobre revela uma ligação profunda com a burguesia e com a repressão contra a população.
Faz parte do cotidiano do policial militar reprimir a população. As rondas, abordagens, operações e outras ações moldam os policiais de maneira a ver os trabalhadores das periferias e das favelas como pessoas a serem combatidas. Não há nada de progressista e muito menos comunista ou socialista.
Apresentar um candidato coronel da PM é ir a reboque da política da direita, e no caso do Rio de Janeiro, mostra um profundo direitismo, pois é a cidade de Marcelo Freixo, defensor ferrenho das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP`s).
Ao contrário de uma candidatura socialista, o que o PSOL quer é acenar para setores da classe média direitista e conservadora nas eleições e obter votos desse setor. É um abandono total da luta contra a extrema-direita e pelo fim da PM para fazer demagogia eleitoral.