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Resta a repressão

Não é ciência, é dinheiro: os governos não enfrentam a Covid

Governadores golpistas enfrentam de maneira direta crise da pandemia.

As últimas semanas foram marcadas pelo aumento exponencial da pandemia no país, e com o recorde histórico de mortes em um único dia. Após a explosão da contaminação em estados como Amazonas, o colapso do sistema de saúde, somado à falta de materiais básicos como o oxigênio, se generalizou em todo país. Dessa maneira, o estouro da crise provou um forte embate no interior da burguesia: fechar novamente o comércio, ante a falta de uma política real de combate ao vírus, ou continuar com a política de reabertura total, para buscar dar novo fôlego a falida economia capitalista.

Entre as duas opções, que na prática de nada servem para proteger a população, os golpistas decidiram por em meio a crise, adotar a demagogia e a repressão, como política central. Assim, governos de vários estados anunciaram medidas mais duras de contenção a pandemia, como o lockdown nos fins de semana, a repressão da população após o horário de trabalho e a suspensão parcial do volta a volta às aulas em uma série de municípios.

Contudo, em meio ao caos, os governadores culpam a falta de medidas reais devido a política “negacionista” de Jair Bolsonaro. No mesmo sentido, em defesa dos governadores ditos “científicos”, a imprensa burguesa busca colocar que haveria uma diferença entre estes o governo do fascista. Em recente matéria publicada na Folha de São Paulo, é destacado a crítica feita pelos secretários de Saúde ao novo presidente da Câmara, Arthur Lira, da base de Bolsonaro. O mesmo texto, revela o principal questão em jogo: “os gestores estaduais esperam a aprovação do auxílio emergencial para conseguir algum apoio para medidas restritivas”.

Ou seja, na prática a política seguida pelos governadores “científicos” de nada difere da política bolsonarista de combate a pandemia. A expectativa que há dentre os setores da burguesia, é o apoio do governo federal a política extremamente impopular de repressão da população.

Os governadores estaduais não estão dispostos a mergulhar por inteiro em uma política de lockdown total. Sabendo da impopularidade da política, e do desejo de diversos setores da burguesia e da pequena-burguesia em manter a reabertura para o funcionamento do comércio, Jair Bolsonaro se coloca como um suposto apoiador dos pequenos comerciantes, que em meio a crise e a pandemia encontram-se em um processo de completa falência.

Como a esquerda não faz uma séria campanha em torno da necessidade de uma real assistência social para toda população, com a garantia de um salário mínimo de R$ 5 mil, capaz de manter o povo vivo sem ser obrigado a ser contaminado enquanto trabalha, Bolsonaro com sua política de reabertura ganha força nos setores da pequena-burguesia, desesperados na crise.

É neste cenário que, com a falta de apoio do governo federal, os golpistas locais se vêem com dificuldades em emplacar um verdadeiro estado ditatorial. Se por um lado, os governadores são os primeiros a receberem em seu colo a crise da pandemia, e a indignação da população devido a falta de política de combate ao vírus, por outro, estes mesmos governadores são os primeiros a serem pressionados pelo setores locais da burguesia e da pequena-burguesia, contra a política de fechamento total.

Com isto, fica claro de o que está em jogo nesta disputa não é uma luta em defesa da população trabalhadora e de um real combate à pandemia. Mas sim, que os governadores sofrendo a pressão do total colapso do sistema de saúde nos estados, são obrigados a agir, e na falta de interesse em adotar uma real política de combate a pandemia, agem de maneira demagógica, sob o apoio da imprensa burguesa com a dita “burguesia civilizada”.

Além disso, é importante destacar que a política de lockdown não é apenas impopular com a pequena-burguesia, mas sim com toda classe trabalhadora. Na prática está uma política que não serve para combater a pandemia, mas sim utiliza-la como pretexto para endurecer o regime político e impor uma verdadeira ditadura nas cidades.

Em muitos locais, a medida ainda é vista de maneira descaradamente repressora, como em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, onde a população trabalhadora é obrigada a permanecer nas ruas trabalhando, porém é impedida de ter lazer, sendo atingida por uma brutal repressão.

Por outro lado, a questão da vacina aparece como uma realidade ainda mais distante para os trabalhadores. Após muitas promessas, os governadores “científicos” mentiram para a população e entregaram uma vacina ineficaz, e acima de tudo, para uma parcela minoritária da população.

Dessa maneira, é impossível ver na ação dos governadores uma seriedade em nome do combate a pandemia. Mas sim, uma posição muito mais ligada aos interesses eleitorais, onde os mesmos manobram conforme a política federal e a popularidade de suas medidas, para garantirem um espaço nas próximas eleições.

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