O ministro “tchutchuca” dos banqueiros, Paulo Guedes, em entrevista ao jornal golpista O Estado de São Paulo afirmou que as privatizações estavam em marcha lenta para não atrapalhar a aprovação da reforma da previdência.
Agora que a destruição da Previdência Social foi aprovada, o ministro disse que será a vez de “acelerar as privatizações“. O anúncio de Paulo Guedes mostra que o governo que impor uma nova etapa de ataques contra o patrimônio nacional e se tornar uma das maiores ondas de privatizações maiores que nos anos de Fernando Henrique Cardoso.
Os partidos de esquerda e os movimentos sociais devem tirar lições das derrotas sofridas pela classe trabalhadora desde o golpe até a aprovação parcial da “reforma”, que quer impor o roubo das aposentadorias de toda a classe da previdência. O método utilizado até agora foi de concentrar as forças nas instituições, com pressão dos parlamentares e medidas judiciais, deixando de lado ou colocando em posição secundária a arma fundamental dos trabalhadores e a única capaz de derrotar o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, que é a mobilização nas ruas, com seus próprios métodos, dos explorados e de suas organizações de luta.
A mobilização dos trabalhadores, na pior das hipóteses, poderia pressionar os golpistas que “apreciariam” as medidas com a classe operária no calcanhar.
Até o momento, os esforços da “luta” contra os ataques na justiça e no parlamento só levaram o movimento a sucessivas derrotas. Uma grande derrota foi esperar que o Congresso evitasse o impeachment de Dilma Roussef que não se obteve nenhum resultado. Após o impeachment, foram sucessivas derrotas de grandes proporções, como a reforma trabalhista, a tentativa de libertar Lula no judiciário, mesmo após o escândalo da Vaza Jato, e agora a “reforma” da Previdência.
Insistir na “pressão” por dentro das instituições, é um caminho para garantir o aprofundamento do retrocesso na questão da Previdência e torna previsível também a derrota na luta contra as privatizações. Pressionar deputados, formar frentes com partidos e parlamentares golpistas, ações na justiça, cartazes no momento da votação, humor nas redes sociais, e outras ações sem a mobilização dos trabalhadores não servem para absolutamente nada.
As três grandes mobilizações que ocorreram em maio e junho deste ano mostraram uma enorme disposição da população em lutar contra o regime golpista. A esquerda, partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais deveriam se aproveitar dessa disposição e a crise do governo Bolsonaro e mobilizar os trabalhadores, direcionando essa enorme disposição da classe trabalhadora para derrotar Bolsonaro.
É necessário montar uma agenda de luta com constantes mobilizações, realizar mutirões de campanha contra o governo Bolsonaro nos bairros, universidades, escolas e nas fábricas para denunciar e organizar a população a lutar contra os ataques aos trabalhadores.
De imediato, convocar uma grande mobilização em Brasília, em agosto, pela derrota da reforma da Previdência, contra as privatizações e contra todos os ataques do governo golpistas, unificando esta luta em torno de eixos claros, políticos, que apontem uma perspectiva dos trabalhadores diante da crise: a defesa do fora Bolsonaro e todos os golpistas; da anulação dos processos da criminosa operação lava jato e imediata liberdade de Lula e de todos os presos políticos do regime golpista; a convocação de novas eleições, com Lula candidato.