A direção golpista da Caixa Econômica implantou no banco mais um famigerado Plano de Demissão “Voluntária”, em que o período de adesão será do dia 09/11/2020 à 20/11/2020. A intensão do banco é jogar no olho da rua mais de 7,2 mil bancários, medida essa que trará um grande prejuízo, não só para o funcionalismo como para a própria empresa, que se constitui um das maiores patrimónios do povo brasileiro.
Conforme declarações do presidente da Caixa, Pedro Guimarães e do tresloucado Ministro da Economia, Paulo Guedes, o objetivo é privatizar todas as empresas estatais e, logicamente a Caixa está incluída nesta lista. Basta ver o que se passa na empresa com as reestruturações que vem acontecendo que teve como consequência o fechamento de dezenas de agências e dependências bancárias, descomissionamento, entrega de subsidiárias, redução de pessoal, etc.
Esse já é o quinto PDV que é implantado e o resultado foi a redução do quadro funcional dos mais de 101 mil para um pouco mais de 84 mil trabalhadores. Com a redução de mais 7,2 funcionários a empresa irá contar com apenas 76,8 mil trabalhadores, que passarão a realizar o trabalho daqueles 101 mil. Não é por acaso que os trabalhadores da Caixa tem batido recorde de adoecimento por motivo laboral, os funcionários estão realizando o trabalho de três ou mais pessoas e, no período de pandemia, com o aumento substancial da procura da agências da Caixa com o pagamento do auxilio emergencial, FTGS, dentre outros, o serviço mais do que triplicou.
Algumas organizações dos trabalhadores bancários estão, de forma totalmente, equivocada, realizando uma propaganda de que a decisão dos trabalhadores ao PDV é de “foro íntimo” mas, por outro lado alertam que, se no caso da adesão, esse mesmo trabalhador terá impactos negativos em diversos direitos tais como o plano saúde Caixa, fundo de pensão; em caso de pedido de demissão não recebe aviso prévio, não poderá sacar o FGTS e nem os 40% sobre o FGTS.
É necessário salientar que a questão da política dos golpistas de demissões em massa, via famigerado PDV’s nas empresas estatais é uma política deliberada de ataques contra essas mesmas empresas com o objetivo claro de enxugamento do quadro funcional do banco como forma de pavimentar o caminho da privatização dessas empresas. Não se pode esquecer que a política de demissão em massa foi parte da política do neoliberal Fernando Henrinque Cardoso (PSDB), nos seus governos na década de 1990, que teve como um dos seus objetivos principais privatizar as empresas estatais, no caso dos bancos quase todos os bancos estaduais, tais como o Banespa (Banco do estado de São Paulo), doado para o banco espanhol Santander, Banerj (Banco do estado do Rio de Janeiro) também doado para o Banco Itaú, etc., etc.
Nesse sentido não faz sentido algum a política das direções sindicais de que a adesão ao PDV diz respeito ao foro íntimo do funcionário, quando todos os trabalhadores, tanto os que permanecerão na empresa e os que aderirem ao plano, e mais ainda, toda a população serão prejudicados por conta da política de privatização dos golpistas.
Toda essa campanha da direção da Caixa é um esquema que tenta impor à categoria e não passa de um engodo contra os bancários. É preciso intensificar uma luta incessante, das organizações do trabalhadores, em defesa dos bancários contra os ataques dos golpistas. Organizar uma luta que tenha como palavra de ordem principal o Fora Bolsonaro e todos os golpistas, responsáveis pela política de terra arrasada para os trabalhadores. Tal palavra de ordem deve ser acompanhada com a luta pelo pleno reestabelecimento de todos os direitos políticos do ex-presidente Lula.