A chamada grande imprensa, no Brasil e nos exterior, divulgou o comunicado a seguir:
“A VF Corporation e suas marcas decidiram não seguir abastecendo diretamente com couro e curtume do Brasil para nossos negócios internacionais até que haja a segurança que os materiais usados em nossos produtos não contribuam para o dano ambiental no país.”
As marcas dos produtos da VF Corporation são: Timberland, Dickies, Kipling,Vans, Kodiak, Terra, Walls, Workrite, Eagle Creek, Eastpack, JanSport, The North Face, Napapijri, Bulwark, Altra, Icebreaker, Smartwoll e Horace Small.
A decisão da empresa multinacional foi transmitida ao governo na terça-feira (27) pelo CICB (Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil). Em carta ao Ministério do Meio Ambiente, o presidente da entidade, José Fernando Bello, alertou o governo para os efeitos negativos das queimadas para as exportações do setor.
Com a desculpa de proteção do meio ambiente, grandes monopólios econômicos estrangeiros querem começar a controlar o que acontece no Brasil. Querem passar por cima da soberania nacional por meio de um ataque econômico, que vai provocar mais perda de empregos e mais queda na produção, além do que já vem acontecendo desde o golpe.
Essa mentalidade capitalista não é muito diferente dos embargos econômicos a que os EUA submetem nações como o Irã, Cuba ou Venezuela, para impor seus interesses e se imiscuir na política interna de cada país, às custas do sofrimento do povo desses países. É a velha fórmula imperialista de ditar regras ao mundo, sem que, muitas vezes, essas regras impostas tenham sido cumpridas pelos países imperialistas na época de seu desenvolvimento.
Nem cabe propor a retribuição da gentileza, de boicotar os produtos dessas marcas, porque a grande maioria do povo brasileiro, as classes populares, com muitos desempregados e subempregados, já nem têm acesso a eles de qualquer forma, pelos preços proibitivos.