O Ministério das Relações Exteriores através do Itamaraty, assinou um documento de caráter urgentíssimo na terça-feira dia 28/04, no qual dá o prazo de até 02 de maio para que os diplomatas da Venezuela saiam do território brasileiro. A medida inclui 34 funcionários distribuídos nas Embaixada localizada em Brasília, como também os consulados nas cidades de Belém, Boa Vista, Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
A disposição para conflito diplomático por parte do governo golpista de Bolsonaro já se evidencia há algum tempo, inclusive por reconhecer como presidente daquele pais , Juan Guaidó, líder de um setor da oposição, e que se autoproclamou presidente. Ainda em março, disferindo ameças aos Venezuelanos , Brasília removeu seus diplomatas de Caracas e em abril fechou a embaixada. No documento não está expresso se os representantes de Guaidó irão ocupar a embaixada de Brasília e as demais sedes de Consulado.
Com esta decisão o governo fascista brasileiro se alia ao governo americano que em 1º de abril declarou o presidente Maduro como chefe do narcotráfico e ,mesmo em meio a pandemia, intensificou o boicote econômico à Venezuela através de um bloqueio naval para que os insumos de combate ao COVID -19 não chegassem ao pais.
O Brasil se alia à política genocida do imperialismo, onde os interesses econômicos e geopolíticos prevalecem em detrimento dos interesses humanos. A diferença é que o governo Brasileiro só tem a perder com esta aliança pois em meio uma crise profunda agravada pela pandemia, rompe relações com países que outrora foram parceiros econômicos e com os quais nunca teve atritos , da mesma forma como fez com a China.
Mais uma vez o governo Bolsonaro se mostra como capacho do imperialismo quando nem os interesses nacionais prevalecem estando em primeiro plano o lugar de honra no podium dos serviçais de Donald Trump. É preciso que a esquerda brasileira se posicione absolutamente contra a substituição dos representantes legítimos de Maduro, o presidente eleito daquele país e denuncie o golpismo do governo Bolsonaro ao reconhecer Guaidó , o autoproclamado , como presidente da Venezuela.