Na última quarta-feira, 10, o Partido dos Trabalhadores apresentou a nova logomarca, que deve ser utilizada durante a campanha do segundo turno das eleições de 2018, cujo representante é Fernando Haddad. No modelo, além de não conter o nome do ex-presidente Lula, as cores também foram alteradas: do tradicional vermelho e branco para verde, amarelo e azul.
A logomarca em muito se assemelha àquelas utilizadas pela direita golpista. As propostas expressas pelo presidenciável, Fernando Haddad, são de conciliações com a burguesia, não atendendo aos interesses da classe trabalhadora, já que a burguesia está pressionando, por meio da imprensa e uma ala da direita petista, o Partido dos Trabalhadores para que este não faça uma campanha que eles chamam de “radical”.
A política da capitulação para direita, não fará o PT ganhar as eleições, mas apenas desmoralizará o partido, como fica evidente com toda a campanha da direita golpista à favor das mudanças que foram adotas na campanha de Fernando Haddad no segundo turno. Haddad deixou de ser “porta voz de lula para se tornar Fernando Haddad”, segundo Jacques Wagner, apoiador do plano B, que sempre defendeu que o PT retirasse o Lula das eleições.
Para a direita golpista, é importante que o PT abandone Lula, a luta contra o golpe e a luta por uma independência política. É melhor, para eles, que o PT deixe de denunciar os golpistas e continuem capitulando, pois desta forma todo movimento que se criou em torno da luta contra o golpe acaba se dispersando, e o PT vai indo cada vez mais para uma política de adaptação ao regime. Ou seja, tornando a camapanha de Haddad uma campanha que supostamente uniria golpistas e não golpistas, “coxinhas” e “mortadelas”, em outras palavras, uma campanha não polarizada, o PT além de não ganhar as eleições, pois a maioria da burguesia já se reuniu em torno de Bolsonaro, ainda sairá desmoralizado do processo eleitoral e a luta contra o golpe sofrerá um certo retrocesso.
Neste sentido não se pode cair no conto das eleições. Este período deve ser utilizado pela esquerda para denunciar a fraude que é esse processo e também o golpe em curso que afeta diretamente a população. A única solução para vencer a extrema-direita, expressa, nesse pleito, por Jair Bolsonaro, é através da incorporação e atuação nos comitês de luta contra o golpe, construindo amplas mobilizações populares, para derrotar os golpistas e o fascismo da direita. A luta para conquista dos direitos da classe trabalhadora deve ser nas ruas e não nas urnas.