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Polêmica

Nada de frente ampla, a CUT é “frente” dos trabalhadores!

Sérgio Nobre, presidente da CUT prega como solução para a crise do governo, a aliança “com partidos, prefeitos, governadores, com todos aqueles que quiserem conversar

 

De acordo com Sérgio Nobre, presidente nacional da Central única dos Trabalhadores (CUT), a situação está “insustentável”. O fato do Brasil ultrapassar 8oo mortes em 24 horas por Covid-19 evidência que Jair Bolsonaro tem que sair da Presidência da República.

 

“Quero que Bolsonaro saia e que vocês entendam a importância da saída dele, porque tem a ver com a vida. Se Bolsonaro continuar na Presidência, nós vamos perder milhões de vidas no Brasil. As pessoas de bem deste País tem que ter esse entendimento, de que Bolsonaro e um genocida” (www.cut.org.br/noticias/situacao-esta-insustentavel-e-hora-de-fazer-uma-grande-alianca-para-salvar-vidas-7683)

Entretanto, para o presidente da maior central operária da América Latina, a saída de Bolsonaro dependeria do aval do centrão e da direita golpista. Segunda essa posição, apenas na base da “aliança” com os setores burgueses “opositores” é possível a “mudança”. Assim recomenda Sérgio Nobre:

 

“Por isso a CUT tem trabalhado muito nesse sentido de conversar com partidos, prefeitos, governadores, com todos aqueles que quiserem conversar, com todos os que têm responsabilidade nesse País. Temos de dar um comando, um rumo ao Brasil, ele não pode continuar assim”. ( idem)

A “união” de todos pela saída de Bolsonaro, é a política de “frente ampla” entre a esquerda e a direita golpista “opositora” de Bolsonaro. Essa política de colaboração com inimigo de classe se expressou na Live do 1 de maio, promovido pela CUT com as centrais pelegas. Na ocasião foram convidados expoentes da burguesia como FHC, Maia, Alcolumbe, entre outros. Devido a enxurrada de críticas, a direção da CUT afirmou que não tinha sido ela que tinha convidado os ilustres golpistas, mas as outras centrais como a UGT, entretanto, não tinha como desmarcar ou desconvidar os algozes dos trabalhadores.

A declaração de Sérgio Nobre pregando como solução para a crise do governo, a aliança “com partidos, prefeitos, governadores, com todos aqueles que quiserem conversar, com todos os que têm responsabilidade nesse País” indica de maneira cristalina que a presença dos inimigos dos trabalhadores na Live “ unitária” das centrais não foi fruto do acaso, mas relaciona-se com a política de frente ampla com a burguesia.

Enquanto os trabalhadores estão amargando desemprego e redução de salários, além de serem obrigados a exposição a contaminação pelo covid-19, devido a ausência de medidas protetivas de saúde no trabalho, a CUT deposita suas esperanças em na construção de “ comando” para o país com os representantes do capital, os mesmos que deram o golpe de Estado em 2016, e agora impõe um duro ataque aos trabalhadores.

A proposta de um “ Fora Bolsonaro” através de um acordo com o centrão e com a direita golpista significa colocar o movimento operário e a esquerda a reboque da direita. A frente ampla, defendida pelo PCdoB e pela direita do PT, endossada pelo presidente da CUT implica na subordinação aos interesses dos diferentes grupos políticos da disputa interburguesa.

A política do presidente da CUT vai no sentido contrário de uma mobilização independente, na prática, como a cessão dos sindicatos para os governos e no exemplo do 1 de maio, coloca milhares de sindicatos e milhões de trabalhadores como meros espectadores, deixando que os capitalistas e suas representações políticas decidam de acordo com seus interesses os rumos do “ comando” do país.

Além do mais, não é liquido e certo que a direita tradicional quer efetivamente a queda do governo, a reaproximação de Rodrigo Maia e as oscilações dos “ governadores” são indicadores que a “ oposição de direita” não adotou plenamente a retirada imediata de Bolsonaro como política predominante.

Dessa forma, o movimento operário está imobilizado pela política da burocracia sindical ligada a esquerda parlamentar oportunista, apenas torcendo para que a direita tradicional e a burguesia decidam sobre se derruba ou não governo Bolsonaro, quando, de que forma e o que colocar no lugar.

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