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Luta regada com sangue

Massacre de Eldorado do Carajás: símbolo de impunidade no campo

Dos 155 policiais militares envolvidos, apenas dois oficiais foram condenados e cumprem pena em liberdade, os outros 153 foram absolvidos.

Ontem, 17 de abril de 2021, completou-se 25 anos do massacre de Eldorado do Carajás. O evento marcou este como o Dia Mundial da Luta Pela Terra. Na ocasião, no ano de 1996, um grupo de milhares de sem-terra acampados, protestando pela desapropriação de terras na região próxima ao município de Eldorado do Carajás, no sudeste do Pará, se deparou com uma tropa de 150 policiais militares durante a marcha de protesto na BR-155. O objetivo da marcha era ir até Belém, capital do estado. Na altura da curva do S na estrada, a Polícia Militar preparou o fim da marcha. Ao chegarem os camponeses, os policiais abriram fogo primeiro com balas de aço revestidas com borracha, as famosas balas “de borracha” e, logo em seguida, com a munição letal dispararam diretamente contra a multidão de manifestantes. Vinte e um companheiros foram assassinados, dezenove morreram no local e dois no hospital, e dezenas ficaram feridos.

Entre os assassinatos cometidos, carregavam as marcas do latifúndio, de execuções, com tiros na nuca, e inclusive de instrumentos dos próprios camponeses, facões, foices. Dos 155 policiais militares envolvidos na carnificina, apenas dois oficiais foram condenados e cumprem pena em liberdade, os outros 153 foram absolvidos. O governador do Pará à época, Almir Gabriel, não foi responsabilizado em forma alguma, nem os latifundiários ou o secretário de segurança do estado, seguindo a tradição nos casos de assassinatos de lideranças e massacres contra movimentos populares. A fazenda Macaxeira, que os camponeses reivindicavam, cujo proprietário tem relação com essa barbaridade, foi desapropriada e transformada no assentamento 17 de Abril.

Importante é ressaltar, essa ainda é a política adotada no Brasil, em todo o território nacional para lidar com os movimentos de luta pela terra. O golpe de 2016 e a farsa de 2018 apenas reforçaram o poder do latifúndio. Agora mesmo, nesse momento, as tensões estão em alta especialmente em Rondônia, mas também em diversos outros estados brasileiros, com despejos e ataques dos carniceiros da polícia militar contra camponeses, indígenas, quilombolas. Cobertas neste Diário e também no Programa de Índio, da Causa Operária TV.

A política da burguesia, seja com os sucessivos massacres no campo e chacinas nas cidades, seja com a gestão genocida do coronavírus, demonstra claramente a luta de classes. Não há saída para esta situação pelas instituições, o Judiciário serve à burguesia, e não irá jamais atuar contra seus interesses, nem em casos de execução como os do massacre de Eldorado do Carajás ou tantos outros. A saída é apenas pela luta dos trabalhadores, e passa, na situação política atual, pela derrota do golpe de Estado de conjunto.

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