Nesta terça-feira (29) os ministros da Saúde e da Controladoria-Geral da União (CGU), Marcelo Queiroga e Wagner Rosário, respectivamente, anunciaram a suspensão do contrato de aquisição da vacina indiana Covaxin. Segundo Rosário, a suspensão será realizada para que a CGU realize uma auditoria no processo de aquisição e conformação do contrato. O objetivo seria identificar possíveis irregularidades.
A decisão do governo Bolsonaro é uma resposta às denúncias realizadas por um deputado Bolsonarista de que havia superfaturamento no contrato para adquirir as vacinas indianas, o governo estaria adquirindo as vacinas por um preço muito maior que o valor estabelecido pela fabricante.
As denúncias serviram para que os senadores de direita realizassem demagogia na CPI da pandemia, que em meses de apuração não descubriu absolutamente nada sobre nada e nem chegou a lugar algum. A direita tradicional utilizou a denúncia para fazer campanha e ganhar musculatura dentro do bloco no poder, não porque querem o impeachment de Bolsonaro, embora seja uma alternativa em aberto para si, mas para se fortalecer para as próximas eleições.
De maneira bastante cômica, Bolsonaro, que no primeiro momento abriu um inquérito com os bolsistas que por algum motivo levantaram a denúncia, recuou e suspendeu contrato e mandou seus auxiliares da CGU realizarem a apuração, que evidentemente não será nada independente e resultará apenas na maquiagem do contrato para torná-lo mais aceitável.
Todo esse circo, do Congresso e do Governo, só poderá ser enfrentado efetivamente pela mobilização do povo nas ruas por fora Bolsonaro e todos os golpistas.