O deputado Osmar Terra (MDB-RS) compareceu à CPI da Covid nesta terça-feira (22). A presença do deputado bolsonarista era muito aguardada, uma vez que se supunha que ele era membro do gabinete paralelo que auxiliava Jair Bolsonaro na sua política criminosa para a pandemia. A existência do gabinete paralelo, que atuava acima da ciência e dos protocolos de saúde e mesmo do Ministério da Saúde, foi alardeado pelos senadores da direita e até por setores da esquerda como um grande mal e como um crime em si.
Ao ser questionado, no entanto, o deputado negou sua participação em qualquer gabinete e mesmo com a existência de tal órgão, disse sim conversar com o presidente: “de vez em quando”. Ainda questionado sobre a regularidade dessas conversas afirmou: “uma vez por mês, uma vez a cada 15 dias em alguns momentos”. “São encontros esporádicos que um deputado pode ter e tem a obrigação de ter”.
Os senadores não conseguiram retirar mais nada do deputado, que é médico, além de fazê-lo reafirmar que o isolamento social não funciona e defender a imunidade de rebanho, ou seja infectar o máximo possível, quer dizer não fazer nada em relação a pandemia, que é exatamente que o governo fez. Ficou dito pelo não dito, mostrando claramente que o objetivo da CPI não é apurar nada, mas ser um espécie de show para para entreter os incautos.