O governo do fascista Jair Bolsonaro atacou abertamente a decisão do ministro Ricardo Lewandowski decisão onde voltou a submeter aos sindicatos as negociações individuais de trabalhadores e empresas para reduzir salário ou suspender contratos durante a crise do novo coronavírus.
A decisão de Lewandowski contraria a medida apresentada pelo governo Bolsonaro e a direita no Congresso Nacional que permitia que os patrões podem negociar diretamente com trabalhadores redução de jornada e salário ou suspensão de contratos diante dessa enorme crise. Somente essa possibilidade de negociação com os patrões já seria terrível, uma vez que os trabalhadores devem se submeter as decisões patronais ou serão demitidos prontamente.
Bolsonaro e a direita, dentro e fora do governo, estão fazendo chantagem e um espetáculo dizendo que essa medida vai trazer insegurança jurídica para os patrões, “trazer risco para as relações de emprego” e causar demissões.
É uma farsa porque nada vai garantir que a negociação diretamente com os trabalhadores vai garantir o emprego diante desta enorme crise econômica agravada em grande escala pela pandemia de coronavírus. A negociação direta com os trabalhadores só vai trazer redução de direitos, redução dos salários, quando não ocorrer o mais grave que é a suspensão total do salário, mas sem demissões e o desemprego.
A crise é muito grande e ninguém sabe quanto tempo vai durar. Os mais otimistas dentro e fora do governo dizem que vai durar pelo menos seis meses e nenhum empresária vai garantir o emprego dos trabalhadores sem uma intervenção do sindicato e de uma política que garanta que os trabalhadores não serão demitidos.
Para que os trabalhadores não sejam demitidos e tenham seus salários garantidos integralmente é preciso de uma política própria dos trabalhadores nesse momento de enorme crise garanta a sua sobrevivência.
É preciso proibir as demissões e garantir que nenhum trabalhador perca o emprego por causa da crise, que os patrões paguem pela crise. Nos locais de trabalho é necessário reduzir imediatamente a jornada de trabalho sem redução salarial para que todos trabalhem, escala móvel de trabalho e fazer que todos os estabelecimentos funcionem em turnos. Medidas que garantam que os serviços não parem e as condições de segurança para o trabalhador, com redução drástica de aglomerações.
Os patrões e a burguesia, através do governo, não vão fazer nada para garantir uma condição de vida digna para os trabalhadores. Por isso, não se pode confiar minimamente nessas instituições, apenas na classe trabalhadora e nas suas organizações.