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Mobilizar contra a direita

Apoio incondicional à candidatura de Lula para derrotar Bolsonaro

Independentemente da política de Lula e da direção do PT, a polarização política cresce e o ex-presidente é o único candidato com potencial para mobilizar milhões contra o regime

Setores da esquerda pequeno burguesa, principalmente alguns ‘esquerdistas’ de aparência que vem levando adiante uma política profundamente reacionária desde os primeiros momentos da luta contra o golpe – que eles não travaram – vem demonstrando uma certa disposição para atacar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, usando como pretexto os acordos com direitistas que o PT e seus “aliados” vem fazendo.

Antes de mais nada, é bom destacar que a maioria desses setores e seus partidos foram ou ainda são ferrenho defensores da chamada frente ampla, ou seja, da aliança com a direita golpista, inimiga dos trabalhadores,; também estão entre os que defendem a “unidade” (para não fazer nada) com os golpistas travestidos de sindicalistas infiltrados no movimento operário para defender os interesses dos seus “donos”, a burguesia, como é o caso da Força Sindical, UGT e outras “centrais” pelegas. Para esses setores tudo bem se juntar com os inimigos dos trabalhadores em geral, o problema, só existe quando essa política é levada adiante, com fins eleitorais, por Lula e pelo PT.

“Lula é igual a Bolsonaro”

Um exemplo dessa politica, é o PSTU. Como deixou evidente a pré-candidata presidencial do partido, em entrevista ontem, na qual chegou a afirmar, absurdamente, que Lula nem mesmo seria um candidato de esquerda pois, segundo ela:

“Se Lula for um candidato de esquerda, a gente desconhece o que é a esquerda no Brasil e no mundo”

No delírio das suas comparações, que são comuns a muitos setores da esquerda pequeno burguesa, a representante do PSTU, chegou a indicar, inclusive, que para ela, Lula e Bolsonaro seriam quase idênticos, uma vez que

“O sentido que Lula dá é o mesmo que dá o governo de Bolsonaro através de Paulo Guedes. Não há diferenças muito importantes na política econômica. A diferença entre os dois é na condução política.”.

Tomando como realidade  este tipo de afirmação (um delírio!), o imperialismo teria perdido seu tempo e recursos humanos e materiais, empreendidos no golpe para derrubar o PT e prender Lula, pois não faria diferença no que é fundamental, a economia, um governo de Lula ou de Temer e Bolsonaro. Por isso mesmo, o PSTU que participou da campanha golpista junto com a direita, defendendo o “Fora Todos, fora Dilma!”, continua afirmando que não houve golpe.

Mas este grupo que se dividiu ao meio – com cerca de metade do seu partido se bandeando para o lado do PSOL por conta do isolamento em que sua política o levou – não está, infelizmente, sozinho.

Chantagens e oportunismo

Como já assinalamos aqui nesse Diário, além das analises fora da realidade e da submissão pura e simples aos interesses da direita, também fazem parte dos métodos dessa esquerda – cada vez mais – a chantagem e a barganha, que são políticas típicas da direita mais vil e oportunista. Isso porque esses setores da esquerda estão profundamente metidos na busca frenética para alcançarem seus objetivos mesquinhos que, quase sempre, nada têm a ver com os interesses do povo trabalhador.

Assim, o PSOL – que realiza sua conferência eleitoral, no próximo dia 30 –  não aprovou apoiar a candidatura de Lula em seu Congresso, no ano passado, e passou meses chantageando o PT, insinuando que o apoio à candidatura presidencial de Lula em 2022 estaria condicionada a um apoio do partido a Boulos no governo de São Paulo e, depois, procurando apresentar uma suposta política de exigências programáticas que, de fato, apenas estimulam os amplos setores reacionários que, no interior do partido, têm a mesma posição do PSTU: não apoiar a candidatura de Lula, dividir a esquerda, igualar Lula a Bolsonaro etc.. que, a final de contas é a mesma política de toda a burguesia golpista; seja de suas alas mais direitistas, como Dória (PSDB), ou da esquerda, como Ciro Gomes (PDT), que também buscam colocar um sinal de igual entre Lula e Bolsonaro.

Para todos os setores não têm qualquer importância adotar uma posição que tenha a ver com fazer avançar a luta dos trabalhadores, a luta de classes contra a burguesia e seu regime de exploração. O fundamental é que, supostamente, eles possam colher algum fruto, seja aparentar uma posição revolucionária para se manter “no mercado”, seja auferir algum dividendo eleitoral… nem que para isso se coloquem – de fato – do lado dos interesses da burguesia de dividir os trabalhadores, nesse momento de intensa polarização política e enfraquecer sua capacidade de reação , quando a direita avança em sua ofensiva contra as condições de vida e de trabalho da maioria da população.

A verdadeira política revolucionária é aquela que entende qual é o caminho para uma mobilização das massas. Não basta falar em revolução, é preciso saber por onde, em determinado momento, pode passar um movimento revolucionário. E nesse momento, no que diz respeito às eleições, a única candidatura capaz de servir como um instrumento de mobilização é Lula.

Isso nada tem a ver com ter uma política oportunista de muitos setores que apontam que o único caminho para conquistar as reivindicações dos trabalhadores é através do processo eleitoral. Da ilusória idéia de que a esquerda pode conquistar uma maioria no Congresso nas eleições viciadas que estão por se realizar e coisa do tipo.

Ao contrário disso, trata-se de usar as eleições (como outros terrenos da luta de classes) para mobilizar o povo trabalhador. E nas eleições deste anos, a única candidatura com amplo apoio popular que pode servir para impulsionar essa necessária mobilização – independentemente dos arranjos eleitorais reacionários que vem fazendo –  e que é o candidato popular capaz de derrotar Bolsonaro e o regime golpista é a de Lula presidente.

Por isso, o PCO – mesmo antes do PT e do próprio Lula se decidirem pela candidatura – foi o primeiro partido a defender a unidade da esquerda em torno da candidatura de Lula e vem reafirmando sua decisão de apoiar incondicionalmente a mobilização por Lula presidente, como parte da luta por um governo dos trabalhadores e da mobilização pela conquista das reivindicações dos trabalhadores diante da crise histórica do capitalismo.

Isso nada tem a ver com fazer uma coligação eleitoral com o PT, nem concordar com o programa de Lula, nem entrar em um eventual governo do PT. Não significa também que os movimentos populares não devam apresentar a Lula um programa que contenha um conjunto de reivindicações populares.

Há muito o Partido da Causa Operária vem defendendo que se coloque nas ruas a campanha pela candidatura de Lula presidente, justamente para colocá-la como um instrumento de mobilização popular, no terrenos das eleições e fora delas, com a clara convicção de que a vitória de Lula não vai mudar o país, mas vai criar melhores condições para mudar as coisas. Diante do que é  preciso criar um movimento popular em torno de um programa que mobilize os trabalhadores, para que eles, por meio de suas organizações tradicionais e dos Comitês de Luta intervenham na situação.

Ao contrário de adotar essa polítia de de mobilizar por Lula presidente nas ruas, a esquerda tratou de esvaziar os atos Fora Bolsonaro, na busca de um acordo com setores da direita, criando as condições para que a candidatura de Lula fosse pressionada e levada a acordos com setores golpistas e anti-trabalhadores, como é o caso de Geraldo Alckmin e os golpistas do PSB, de Paulinho da Força (SDS), e toda uma coruja que não apóia Lula, mas busca se apoiar no prestígio do ex-presidente para “limparem” suas fichas depois que apoiaram o golpe e toda a ofensiva contrata os trabalhadores.

Reagir aos ataques da direita

A candidatura de Lula segue sendo a única capaz de derrotar o bolsonarismo e o golpismo por ser uma candidatura que as massas apoiam e que tem amplas condições de mobilizar milhões. Por isso mesmo, é duramente atacada pela direita e por setores da esquerda pequeno burguesa que se curvam aos interesses da burguesia.

Para os setores classistas e revolucionários do movimento operário, a defesa da candidatura de Lula vai além de simplesmente apoiar um candidato que poderá derrotar Bolsonaro ou que tem um programa de esquerda. O principal objetivo deve ser lutar pela vitória dos trabalhadores no enfrentamento com a burguesia e seu regime golpista o que poderá abrir caminho para – independentemente do resultado imediato – potencializar vitórias na etapa posterior em um momento em que – em todo mundo – cresce a polarização com o imperialismo e com a burguesias nacionais, como a do Brasil, totalmente curvada diante dos interesses do regime dos monopólios.

Com Lula estão milhões de trabalhadores que podem entrar em movimento, se mobilizar na defesa de um governo dos trabalhadores, podem se confrontar com o regime golpista e o imperialismo. Essa mobilização e não as “analises” sem sentido ou as ações oportunistas de setores da esquerda é que institui a força motriz capaz de transformar a realidade, por meio da luta, da revolução.

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