O cenário cada vez mais se demonstra penetrado pela violência da extrema-direita. Como característica geral desse setor, seus ataques são preferencialmente contra os setores oprimidos e marginalizados, como LGBTs, negros, mulheres etc. Não há surpresa que esse é o caráter específico da direita, mas é preciso destacar sua aparição constante durante o processo eleitoral e agora depois da constatação prática da fraude.
O caso mais recente se deu na cidade de São Carlos (SP), por volta das 7h da manhã no bairro Cidade Aracy onde Ângela Lopes, ativista LGBT transsexual, sofreu brutal agressão de homem desconhecido na região que reside. A vítima foi atacada a marteladas pelo agressor, que enquanto a atacava disparava falas como “viado desgraçado “, depois de diversos disparos com o martelo ao perder o instrumento, agrediu a ativista com socos.
Na tentativa de se defender, a ativista gritou para que vizinhos a ajudassem. Mesmo com a intervenção deles o agressor ainda continuava a atacá-la freneticamente. Após a violência sofrida, Ângela levou 15 pontos na cabeça e 5 na nuca, além das diversas escoriações deixadas pelo corpo.
Não se sabe o real motivação da agressão, mas é fato que esse é um ato motivado pela extrema-direita que impulsiona ataques como esse pelo país. Assim foi durante o processo eleitoral por aqueles que se apoiavam na candidatura fascista de Jair Bolsonaro, e no momento tende a se acentuar com a chancela do presidente ilegítimo que corrobora com tudo isso.
Sem mais ilusões em soluções imateriais, todos os setores devem se organizar diante dos comitês de luta, aqui em especial o movimento LGBT, que deve se pautar nessa política para que seja organizada a luta e autodefesa desse setor, alinhada a classe trabalhadora no movimento popular geral contra o avanço dos fascistas; não permitir a concretização de ataques monstruosos como esse. Organizar a reação deve estar na ordem do dia.